28.05.2008 - 20h09 AFP (Público) em linha
A assembleia constituinte do Nepal decidiu abolir hoje a única monarquia hinduísta do mundo e fazer nascer a mais nova república, depois dos rebeldes maoistas terem ganho as eleições de 10 de Abril. “A proposta de instaurar uma democracia foi adoptada pela maioria”, comunicou Kul Gurung, um alto responsável da assembleia de 601 elementos, dos quais 560 votaram pela república. Os maoistas, acérrimos defensores da implantação da república, que levaram a cabo uma luta armada durante dez anos para conseguir o afastamento do rei Gyanendra, foram os grandes vencedores das legislativas de Abril, conseguindo mais de um terço dos lugares da Assembleia. Os conflitos terminaram em 2006 com a assinatura de um acordo de paz. A guerra civil provocou mais de 13 mil mortos. O rei Gyanendra tem agora 15 dias para abandonar o palácio, que será transformado em museu, anunciou uma fonte oficial. O texto que estipula a implantação da república defende o Nepal como “um estado independente, indivisível, soberano, laico e democrático”. E todos os privilégios da família real cessam a partir de hoje. O dia 29 será proclamado Dia da República. A segurança em Katmandu e em torno da assembleia foi reforçada, após vários atentados à bomba dos últimos dias. Ainda hoje, um pouco antes da votação, duas pequenas bombas explodiram na cidade, ferindo uma pessoa. Os principais partidos políticos incompatibilizaram-se com o rei, deixando-o isolado, quando em 2005 Gyanendra, já de si uma figura pouco popular, decidiu concentrar nas suas mãos todos os poderes. Gyanendra subiu ao poder em 2001 após o assassinato de nove membros da família real, pelo príncipe herdeiro, que depois se suicidou.
A assembleia constituinte do Nepal decidiu abolir hoje a única monarquia hinduísta do mundo e fazer nascer a mais nova república, depois dos rebeldes maoistas terem ganho as eleições de 10 de Abril. “A proposta de instaurar uma democracia foi adoptada pela maioria”, comunicou Kul Gurung, um alto responsável da assembleia de 601 elementos, dos quais 560 votaram pela república. Os maoistas, acérrimos defensores da implantação da república, que levaram a cabo uma luta armada durante dez anos para conseguir o afastamento do rei Gyanendra, foram os grandes vencedores das legislativas de Abril, conseguindo mais de um terço dos lugares da Assembleia. Os conflitos terminaram em 2006 com a assinatura de um acordo de paz. A guerra civil provocou mais de 13 mil mortos. O rei Gyanendra tem agora 15 dias para abandonar o palácio, que será transformado em museu, anunciou uma fonte oficial. O texto que estipula a implantação da república defende o Nepal como “um estado independente, indivisível, soberano, laico e democrático”. E todos os privilégios da família real cessam a partir de hoje. O dia 29 será proclamado Dia da República. A segurança em Katmandu e em torno da assembleia foi reforçada, após vários atentados à bomba dos últimos dias. Ainda hoje, um pouco antes da votação, duas pequenas bombas explodiram na cidade, ferindo uma pessoa. Os principais partidos políticos incompatibilizaram-se com o rei, deixando-o isolado, quando em 2005 Gyanendra, já de si uma figura pouco popular, decidiu concentrar nas suas mãos todos os poderes. Gyanendra subiu ao poder em 2001 após o assassinato de nove membros da família real, pelo príncipe herdeiro, que depois se suicidou.
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