26.05.2008 - 09h00 Lusa, (Público) em linha
A candidata à liderança do PSD Manuela Ferreira Leite está contra a descida dos impostos sobre os combustíveis e considera que é imprescindível pensar em formas de racionalizar a utilização de energias, ao invés de esperar que um novo contexto governativo permita baixar os preços.
“A redução do imposto sobre as petrolíferas é algo que parece muito fácil, mas para que o Estado o consiga tem duas hipóteses – ou vai criar outro imposto ou vai reduzir uma despesa, que não se está a ver qual é”, referiu, quando questionada por um militante do PSD sobre os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis, durante um encontro com militantes de Cascais, Sintra e Mafra, que decorreu durante cerca de duas horas em Carcavelos.
Segundo a ex-ministra, é imprescindível pensar em formas de racionalizar a utilização de energias, ao invés de esperar que um novo contexto governativo permita baixar os preços. A candidata à liderança do principal partido da oposição destacou ainda necessidade de agir sobre o fenómeno de surgimento dos “novos pobres”, associado ao desemprego nas faixas etárias dos 40 e 50 anos. Para Manuela Ferreira Leite, a solução não está numa política de subsídios, mas na intervenção sobre as pequenas e médias empresas e no reforço do modelo de apoio e integração preconizado pelas instituições de solidariedade social.(...)
(...)Para Manuela Ferreira Leite, as eleições internas de 31 de Maio não poderão resumir-se à escolha de “mais um líder”, mas de um representante que se empenhe na resolução de problemas sociais como o desemprego e a pobreza, e em combater um “desequilíbrio de forças” políticas motivado pelo crescimento do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda.
“Isto tem a ver com a nossa fragilidade. Quem está desagradado com o PS começa a procurar à esquerda, porque não encontra nada à direita”, lamentou. A candidata social-democrata sublinhou também que o papel da oposição é “tão digno” quanto o do Governo e que, enquanto o desempenhar, o PSD deverá ser “responsável e sério”, concordando com o executivo “sempre que se justificar”.
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