Muito bem, Francisco Assis! Não são muito usuais intervenções adequadas como esta! Rio, em lugar de ser um defensor do Porto, não passa dum Cavalo de Tróia aqui infiltrado. Os seus queixumes de última hora não passam de show-off eleitoral. Nem está muito zangado com o Governo. Afinal não lhe deram a massa para o circuito do ferro-velho?
(Público) 14.05.2008, Patrícia Carvalho
O líder dos vereadores socialistas na Câmara do Porto, Francisco Assis, desafiou, ontem, o presidente Rui Rio a "empenhar-se junto da administração central para obter garantias de apoio na recuperação da frente ribeirinha da cidade". O repto foi lançado no período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo e, de acordo com Assis, não obteve qualquer reacção por parte do autarca. Após o encontro, porém, o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, avisou que ainda é cedo para falar em financiamentos quando não há projecto definido. Assis garantiu que a sua intervenção não era uma resposta às críticas lançadas por Rio ao Governo, na noite anterior, em plena assembleia municipal, quando o presidente da Câmara do Porto se referiu aos vários investimentos avultados efectuados na capital - incluindo os 407 milhões de euros destinados à requalificação da frente ribeirinha de Lisboa - e à ausência dos mesmos no Porto. Contudo, o vereador socialista não deixou de afirmar: "Não se pode dizer que a administração central não financia os projectos do Porto se primeiro não se fizer uma proposta. Agora, temos é que ter imaginação e apresentar projectos. "Assis disse não contestar o apoio dado à frente ribeirinha lisboeta, mas frisou que a situação do Porto é "em tudo igual", pelo que devia receber o mesmo tipo de atenção. "A câmara deve iniciar imediatamente um processo tendo em vista a garantia de concessão de apoios para esta zona. Em lugar de aparecer como fonte de reacção, devemos aproveitar a ocasião histórica para exigir o mesmo tratamento para a cidade do Porto", defendeu o vereador, acrescentando que "o Porto tem uma das zonas ribeirinhas mais interessantes de toda a Europa". Para Assis, o caminho da autarquia só pode ser um: "Ter capacidade de chegar a Lisboa e reivindicar. Essa é que é a estratégia correcta. "Da parte de Rui Rio, "a reacção foi nenhuma", garantiu Assis. Contudo, após a reunião, o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, acabou por abordar a questão: "Só podemos pensar em financiamento quando ele se puder enquadrar no projecto que há-de vir a surgir, e que ainda não há." O vereador começou por avisar que não falaria sobre este tema mas, já com um pé fora da porta da sala de imprensa, lá disse que, assim que houver um projecto definido, "a câmara considerará certamente propostas de financiamento, seja a nível do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] seja da administração central".O arquitecto Pedro Balonas foi o vencedor do concurso internacional de ideias para intervenção na frente ribeirinha portuense, lançado pela Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana. O conceito deverá, contudo, ser transformado num documento estratégico que defina exactamente as intervenções a executar.
O líder dos vereadores socialistas na Câmara do Porto, Francisco Assis, desafiou, ontem, o presidente Rui Rio a "empenhar-se junto da administração central para obter garantias de apoio na recuperação da frente ribeirinha da cidade". O repto foi lançado no período de antes da ordem do dia da reunião quinzenal do executivo e, de acordo com Assis, não obteve qualquer reacção por parte do autarca. Após o encontro, porém, o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, avisou que ainda é cedo para falar em financiamentos quando não há projecto definido. Assis garantiu que a sua intervenção não era uma resposta às críticas lançadas por Rio ao Governo, na noite anterior, em plena assembleia municipal, quando o presidente da Câmara do Porto se referiu aos vários investimentos avultados efectuados na capital - incluindo os 407 milhões de euros destinados à requalificação da frente ribeirinha de Lisboa - e à ausência dos mesmos no Porto. Contudo, o vereador socialista não deixou de afirmar: "Não se pode dizer que a administração central não financia os projectos do Porto se primeiro não se fizer uma proposta. Agora, temos é que ter imaginação e apresentar projectos. "Assis disse não contestar o apoio dado à frente ribeirinha lisboeta, mas frisou que a situação do Porto é "em tudo igual", pelo que devia receber o mesmo tipo de atenção. "A câmara deve iniciar imediatamente um processo tendo em vista a garantia de concessão de apoios para esta zona. Em lugar de aparecer como fonte de reacção, devemos aproveitar a ocasião histórica para exigir o mesmo tratamento para a cidade do Porto", defendeu o vereador, acrescentando que "o Porto tem uma das zonas ribeirinhas mais interessantes de toda a Europa". Para Assis, o caminho da autarquia só pode ser um: "Ter capacidade de chegar a Lisboa e reivindicar. Essa é que é a estratégia correcta. "Da parte de Rui Rio, "a reacção foi nenhuma", garantiu Assis. Contudo, após a reunião, o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, acabou por abordar a questão: "Só podemos pensar em financiamento quando ele se puder enquadrar no projecto que há-de vir a surgir, e que ainda não há." O vereador começou por avisar que não falaria sobre este tema mas, já com um pé fora da porta da sala de imprensa, lá disse que, assim que houver um projecto definido, "a câmara considerará certamente propostas de financiamento, seja a nível do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] seja da administração central".O arquitecto Pedro Balonas foi o vencedor do concurso internacional de ideias para intervenção na frente ribeirinha portuense, lançado pela Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana. O conceito deverá, contudo, ser transformado num documento estratégico que defina exactamente as intervenções a executar.
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