Parte do que entra por um lado, no Ministério das Finanças, com a alta da gasolina, sairá necessariamente no aumento da despesa pública. O pior é para o Zé do Carro, as dezenas de milhares que, com um magríssimo salário, se deslocam para o trabalho todos os dias de automóvel sem terem alternativa nos transportes públicos e que suportam o aumento em que, perto de 60%, é de impostos. Com muita imaginação, sacrifícios e frustrações, os portugueses conseguirão baixar o consumo dos combustíveis, até porque não têm outro remédio, o que levará a uma diminuição da massa tributável e consequentemente a uma perda da receita na galinha dos ovos de ouro que a "sorte" trouxe para as Finanças. Acreditamos que ainda assim a baixa não seja suficiente para que o processo deixe de ser o negócio do Século para o Fisco. Mas as consequências serão desastrosas no crescimento, já de sí pífio, da economia, nomeadamente na procura interna, sendo, no entanto, verdade, que haverá sempre uma camada a animá-la que coincidirá grosso modo com os que, directa ou indirectamente, estão a ser alimentados pelos milhares de milhões do QREN e que podem ver a vitória do défice, à custa da alta dos impostos, como uma vitória dos portugueses.
Carlos Varela (JN) 22.05.2008 A GNR e a PSP poderão ter que pedir mais dinheiro ao Governo para manter intacto o patrulhamento, face aos sucessivos aumentos de combustíveis, segundo fontes policiais adiantaram ao JN. Mas nas Forças Armadas a situação não é também a melhor, com o chefe da Força Aérea, Luís Araújo, a mostrar ontem preocupação no Parlamento "Começo a ter graves problemas com os combustíveis". Luís Araújo tinha ido à Assembleia da República devido à situação da frota de helicópteros EH-101, que continua sem contrato para a manutenção, atingindo a operacionalidade das aeronaves. A subida do preço dos combustíveis é também sentida na Marinha e na Força Aérea, mas na última é mais delicada, uma vez que a subida de custos poderá levar a parar os aviões, com consequências para as certificações dos pilotos, que já estão a voar nos mínimos. Na PSP e na GNR, a situação é também de preocupação, em particular na GNR, que percorre 260 mil quilómetros por dia, com um gasto de n ove milhões de euros por ano em combustíveis. Mas essa verba faz parte de uma previsão de despesas feita no ano passado e as subidas constantes do combustível estão a pôr em causa o que estava orçamentado. A opção será o desvio de verbas para suportar o gasto não previsto, mas mas já se admite a descativação de parte dos 15% que ficam cativados, para controlo do défice público. A outra opção será o pedido de reforço de verbas.
Carlos Varela (JN) 22.05.2008 A GNR e a PSP poderão ter que pedir mais dinheiro ao Governo para manter intacto o patrulhamento, face aos sucessivos aumentos de combustíveis, segundo fontes policiais adiantaram ao JN. Mas nas Forças Armadas a situação não é também a melhor, com o chefe da Força Aérea, Luís Araújo, a mostrar ontem preocupação no Parlamento "Começo a ter graves problemas com os combustíveis". Luís Araújo tinha ido à Assembleia da República devido à situação da frota de helicópteros EH-101, que continua sem contrato para a manutenção, atingindo a operacionalidade das aeronaves. A subida do preço dos combustíveis é também sentida na Marinha e na Força Aérea, mas na última é mais delicada, uma vez que a subida de custos poderá levar a parar os aviões, com consequências para as certificações dos pilotos, que já estão a voar nos mínimos. Na PSP e na GNR, a situação é também de preocupação, em particular na GNR, que percorre 260 mil quilómetros por dia, com um gasto de n ove milhões de euros por ano em combustíveis. Mas essa verba faz parte de uma previsão de despesas feita no ano passado e as subidas constantes do combustível estão a pôr em causa o que estava orçamentado. A opção será o desvio de verbas para suportar o gasto não previsto, mas mas já se admite a descativação de parte dos 15% que ficam cativados, para controlo do défice público. A outra opção será o pedido de reforço de verbas.
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