Faleceu uma das maiores escultoras portuguesas, que encheu o país com obras belíssimas que são, ao mesmo tempo, grandes referências da cultura portuguesa. As obras citadas pela LUSA são apenas algumas das suas esculturas, sendo de realçar, entre as faltosas, o Mensageiro, instalada na ponta poente do Jardim do Calém, em Sobreiras, cidade do Porto, cuja parte cimeira reproduzimos, o Monumento ao Pescador e a máscara de Florbela Espanca em Matosinhos. Da busca quase frustrada de imagens que fizemos na Internet, fica-nos a ideia, mais uma vez, de uma escultora portuense nascitura em Matosinhos cuja dimensão o país não teve capacidade para reconhecer em todo o seu esplendor. Problema do país claro. O mesmo se consolida ao verificarmos que de todas as edições em linha dos jornais publicadas durante o dia de hoje, só o JN transcreve a notícia da LUSA, sendo que o conhecimento do infausto é público pelo menos desde o princípio da manhã. De notar também na notícia publicada o desconhecimento da publicação bilingue em homenagem a Irene Vilar, residente na Foz do Douro há largas décadas, intitulada "...do rumor da água ao som do bronze", editada ainda o ano passado, 2007, conjuntamente, pela Câmara Municipal de Matosinhos e pela Livraria Orfeu de Bruxelas, da autoria de A.Cunha e Silva, Joaquim Pinto da Silva e Marie Claire Vromans.
(JN) em linha 12.05.2008
A escultora Irene Vilar morreu, esta segunda-feira, no Hospital de São João, no Porto, onde se encontrava internada há mais de um mês devido a doença prolongada, disse fonte hospitalar à Agência Lusa.
Autora de uma vasta obra de escultura, medalhística, numismática e de ourivesaria, Irene Vilar, que tinha 77 anos, nasceu em 1930, em Matosinhos, município ao qual fez, em 1976, um legado de parte da sua obra escultórica.
Licenciou-se pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, com 20 valores, na tese de Escultura, tendo sido discípula de Barata Feyo e Dórdio Gomes.
Depois de formada foi bolseira do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, no estrangeiro.
Participou, com escultura e medalhística, nas grandes exposições realizadas em Portugal, entre as quais "Cristo fonte de esperança" (Porto), "Morte e Transfiguração" (Sociedade Nacional de Belas Artes - SNBA, Lisboa), "Natividade 2000" (Mosteiro dos Jerónimos) e "100 anos - 100 artistas" (SNBA, Lisboa).
A sua obra escultórica encontra-se dispersa por Portugal, Alemanha, África do Sul, Brasil, Bélgica, Holanda e Macau, tendo sido apresentada em duas exposições recentes: "Modelar o mistério", Lisboa, Universidade Católica Portuguesa (2003) e "Do gesto ao gesso", Matosinhos (2004).
Irene Vilar representou Portugal em diversos certames internacionais, nomeadamente nas Bienais de São Paulo, Paris, Colónia, Roma, Florença, Estocolmo, Londres, Helsínquia, Budapeste, Neuchâtel, Weimar e Roterdão.
Realizou, de entre muitos outros, os monumentos a Camões, Garcia de Orta e Guilhermina Suggia, no Porto; ao Bombeiro, em Paredes; ao Artilheiro no Regimento de Artilharia 5, em Vila Nova de Gaia; a São Rosendo, em Santo Tirso; ao Pescador, a Florbela Espanca e a Abel Salazar, em Matosinhos; a São Miguel Arcanjo no Comando-Geral da PSP, em Lisboa; a Dom António Ferreira Gomes, ao Padre Américo, assim como o conjunto de nove esculturas na Rotunda do Cameirinho, em Penafiel.
Concebeu vários monumentos a Fernando Pessoa, nomeadamente em Durban (África do Sul), São Paulo (Brasil) e em Ixelles, Bruxelas, na Bélgica.
A convite do Governo de Macau executou, em 1996, o Monumento Abraço para o Jardim Luís de Camões.
De carácter monumental são igualmente as esculturas para o Sheraton Porto Hotel, a fonte Universo para o SMAS, no Porto; Mundo para os jardins do CAM, da Fundação Calouste Gulbenkian.
São também da sua autoria o Monumento aos 500 Anos do Teatro, em Guimarães (2003) e a estátua da Imaculada Conceição para os jardins da Universidade Católica, em Lisboa (2004).
Executou vários baixos-relevos para os tribunais de Valença, Moimenta da Beira, Paços de Ferreira, Porto e Santo Tirso.
Da vasta e inovadora produção no universo da expressão cristã, deu recentemente corpo a obras como: Cristo Ressuscitado, na Igreja dos Padres Carmelitas, na Foz do Douro (Porto) e São Miguel, na Igreja da Maia, entre muitos outros.
Está representada em colecções particulares e oficiais, nomeadamente da Secretaria de Estado da Cultura, Museu Amadeo Souza-Cardoso, Biblioteca-Museu de Vila Franca de Xira, Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, Museu do Chiado, em Lisboa, Património Artístico de Matosinhos, entre outras.
Para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda executou várias moedas, destacando-se as da Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques, de Amadeo Souza-Cardozo, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Pauliteiros, Banco de Portugal e Porto 2001, Capital Europeia da Cultura.
Em 1991, foi publicada uma obra com parte da sua criação escultórica, intitulada "Irene Vilar: quem me dirá quem sou?", com texto de Maria da Glória Padrão.
A Câmara Municipal de Matosinhos editou em 2004 "Do gesto ao Gesso", com textos de João Antunes e de Jorge Araújo.
Irene Vilar recebeu várias distinções, nomeadamente as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Medalha de Mérito, grau Ouro, da Câmara Municipal do Porto, Cidadã do Ano 1989/90, do Lyon's Club de Matosinhos e Medalha de Mérito Dourada da Câmara Municipal de Matosinhos.
Autora de uma vasta obra de escultura, medalhística, numismática e de ourivesaria, Irene Vilar, que tinha 77 anos, nasceu em 1930, em Matosinhos, município ao qual fez, em 1976, um legado de parte da sua obra escultórica.
Licenciou-se pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, com 20 valores, na tese de Escultura, tendo sido discípula de Barata Feyo e Dórdio Gomes.
Depois de formada foi bolseira do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, no estrangeiro.
Participou, com escultura e medalhística, nas grandes exposições realizadas em Portugal, entre as quais "Cristo fonte de esperança" (Porto), "Morte e Transfiguração" (Sociedade Nacional de Belas Artes - SNBA, Lisboa), "Natividade 2000" (Mosteiro dos Jerónimos) e "100 anos - 100 artistas" (SNBA, Lisboa).
A sua obra escultórica encontra-se dispersa por Portugal, Alemanha, África do Sul, Brasil, Bélgica, Holanda e Macau, tendo sido apresentada em duas exposições recentes: "Modelar o mistério", Lisboa, Universidade Católica Portuguesa (2003) e "Do gesto ao gesso", Matosinhos (2004).
Irene Vilar representou Portugal em diversos certames internacionais, nomeadamente nas Bienais de São Paulo, Paris, Colónia, Roma, Florença, Estocolmo, Londres, Helsínquia, Budapeste, Neuchâtel, Weimar e Roterdão.
Realizou, de entre muitos outros, os monumentos a Camões, Garcia de Orta e Guilhermina Suggia, no Porto; ao Bombeiro, em Paredes; ao Artilheiro no Regimento de Artilharia 5, em Vila Nova de Gaia; a São Rosendo, em Santo Tirso; ao Pescador, a Florbela Espanca e a Abel Salazar, em Matosinhos; a São Miguel Arcanjo no Comando-Geral da PSP, em Lisboa; a Dom António Ferreira Gomes, ao Padre Américo, assim como o conjunto de nove esculturas na Rotunda do Cameirinho, em Penafiel.
Concebeu vários monumentos a Fernando Pessoa, nomeadamente em Durban (África do Sul), São Paulo (Brasil) e em Ixelles, Bruxelas, na Bélgica.
A convite do Governo de Macau executou, em 1996, o Monumento Abraço para o Jardim Luís de Camões.
De carácter monumental são igualmente as esculturas para o Sheraton Porto Hotel, a fonte Universo para o SMAS, no Porto; Mundo para os jardins do CAM, da Fundação Calouste Gulbenkian.
São também da sua autoria o Monumento aos 500 Anos do Teatro, em Guimarães (2003) e a estátua da Imaculada Conceição para os jardins da Universidade Católica, em Lisboa (2004).
Executou vários baixos-relevos para os tribunais de Valença, Moimenta da Beira, Paços de Ferreira, Porto e Santo Tirso.
Da vasta e inovadora produção no universo da expressão cristã, deu recentemente corpo a obras como: Cristo Ressuscitado, na Igreja dos Padres Carmelitas, na Foz do Douro (Porto) e São Miguel, na Igreja da Maia, entre muitos outros.
Está representada em colecções particulares e oficiais, nomeadamente da Secretaria de Estado da Cultura, Museu Amadeo Souza-Cardoso, Biblioteca-Museu de Vila Franca de Xira, Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, Museu do Chiado, em Lisboa, Património Artístico de Matosinhos, entre outras.
Para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda executou várias moedas, destacando-se as da Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques, de Amadeo Souza-Cardozo, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Pauliteiros, Banco de Portugal e Porto 2001, Capital Europeia da Cultura.
Em 1991, foi publicada uma obra com parte da sua criação escultórica, intitulada "Irene Vilar: quem me dirá quem sou?", com texto de Maria da Glória Padrão.
A Câmara Municipal de Matosinhos editou em 2004 "Do gesto ao Gesso", com textos de João Antunes e de Jorge Araújo.
Irene Vilar recebeu várias distinções, nomeadamente as de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Medalha de Mérito, grau Ouro, da Câmara Municipal do Porto, Cidadã do Ano 1989/90, do Lyon's Club de Matosinhos e Medalha de Mérito Dourada da Câmara Municipal de Matosinhos.
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