quarta-feira, 14 de maio de 2008


O alarde de desconhecimento da lei não é justificação para o seu não cumprimento, sendo universalmente evidente a sua violação, pelo que tanto Sócrates, como Manuel Pinho, os outros incumpridores, tal como a TAP devem ser multados. Dura lex, sed lex. Assim se encerrará um péssimo episódio do ponto de vista da pedagogia cívica e republicana. E se mostrará que, pelo menos depois das denúncias da Imprensa, todos somos iguais perante a lei.
E depois dos excelentes resultados económicos e políticos da viagem, há que baixar o preço dos combustíveis diminuindo o peso percentual dos impostos sobre o sector e criar as condições para o início da retoma do poder de compra dos portuguesesneste momento arrasado, tanto no privado como no público, tal como a promoção do emprego sustentado, acabando com a super-exploração da juventude precária, já conhecida pela geração dos 500€. Tal como investir no país inteiro para lhe aproveitar todas as potencialidades plurais e dinamizar a competitividade interna. Sem isso, não vamos lá...

(Portugal Diário) 14.05.2008 O primeiro-ministro, José Sócrates, assumiu esta quarta-feira que fumou no voo entre Lisboa e Caracas, lamentou a polémica que entretanto se instalou em Portugal e pediu desculpa caso se verifique que violou a lei, escreve a agência Lusa.
As declarações de José Sócrates foram proferidas à chegada à Faixa de Orinoco, a cerca de 500 quilómetros de Caracas.
Depois de se afastar do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, Sócrates fez uma declaração aos jornalistas sobre a polémica em torno do facto de ter fumado segunda-feira no voo da TAP (fretado pelo Governo), entre Lisboa e Caracas.
«Quero fazer-vos uma declaração sobre o facto de ter fumado no avião. De facto fumei, com o ministro da Economia [Manuel Pinho] enquanto conversávamos, mas no convencimento de que se podia fumar, porque assim sempre aconteceu nas outras viagens anteriores».
Sócrates referiu-se depois à possibilidade de esse acto ter constituído uma violação da lei.
«Estava convencido que não estava a violar nenhuma lei nem nenhum regulamento. Infelizmente há essa polémica em Portugal e eu quero lamentar essa polémica. Se por algum motivo violei algum regulamento, alguma lei, lamento e peço desculpa, não voltará acontecer», declarou.
O primeiro-ministro afirmou também aos jornalistas que decidiu deixar de fumar em definitivo, na sequência da polémica por ter fumado num voo entre Caracas e Lisboa na segunda-feira.
Falando aos jornalistas na Faixa de Orinoco, Sócrates disse que a polémica por ter fumado num voo fretado pelo Governo à TAP lhe serviu para tomar consciência do seguinte: «Este episódio despertou-me para o facto de os fumadores, inconscientemente, poderem violar leis e regulamentos que desconhecem», disse.
Por este facto, o primeiro-ministro disse ter tomado uma decisão: «Não sei a última lei se aplica ou não aplica [ao caso do fumo em voos fretados], mas o Governo tem uma especial responsabilidade e eu também quero contribuir para isso. Tenho consciência da minha responsabilidade pessoal. Por isso, este episódio não vai voltar a acontecer, porque também decidi deixar de fumar», declarou.

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