Nesta notícia da LUSA, não há qualquer referência a que o porta-voz do PS tenha dito que a Comissão nacional marcou finalmente as eleições federativas que já deviam estar marcado há 6 meses e efectuadas há mais de 1 mês. Será possível que mesmo com o ponto escarrapachado na Ordem de Trabalhos tenham passado ao lado? Não acreditamos. Se acreditássemos nisso, já não acreditaríamos em mais nada. Esperemos mais um pouco, serenamente, como é nosso timbre, até determinado momento...
Lisboa, 31 Mai (LUSA) - O secretário-geral do PS afirmou hoje que o Governo não cederá ao "facilitismo", baixando impostos para cobrir os aumentos da gasolina, e insurgiu-se contra os "ataques pessoais" lançados pelo líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.A actual conjuntura económica com o aumento dos preços dos combustíveis, a revisão do Código de Trabalho, a reforma da administração pública e as recentes polémicas com Francisco Louçã em debates parlamentares foram os quatro principais temas da intervenção de Sócrates na Comissão Nacional do PS.
Na sua intervenção, citada por um dos dirigentes do PS, o líder socialista lamentou "os ataques pessoais" que têm sido desferidos por Francisco Louçã, referindo que visaram primeiro Jorge Coelho e depois de o secretário-geral da UGT, João Proença.
Além desta referência, José Sócrates também deixou críticas à alegada pressão exercida pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda contra acordos de concertação social entre o Governo e os sindicatos, designadamente ao nível das reformas laboral e da administração pública.
Quanto à política económica - tal como referiria mais tarde o porta-voz do PS, Vitalino Canas, em conferência de imprensa -, Sócrates afirmou perante os dirigentes socialistas que o Governo "não vai ceder ao facilitismo" perante as dificuldades da actual "crise económica internacional".
Com essas palavras, o secretário-geral do PS vincou que o executivo não descerá os impostos para tentar compensar a actual alta dos preços dos combustíveis.
Como afirmou depois Vitalino Canas, "o Governo do PS vai seguir o rumo definido", tendo "a consciência de que é possível ultrapassar as dificuldades".
"O PS não irá enfrentar as dificuldades que se sentem actualmente com facilistimo. Não vai corresponder às propostas facilistas e populistas que vêm das oposições de direita e da esquerda, mas vai estar atento aos que se encontram em situação de maior fragilidade", declarou.
Depois de rejeitar uma descida de impostos, o porta-voz do PS declarou que a actual greve dos pescadores não foi tema abordado na reunião da Comissão Nacional do PS, alegando que "a situação tem sido acompanhada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva".
No entanto, o dirigente socialista evidenciou depois as "dificuldades geradas pela presente crise internacional".
"Se Portugal não tivesse com a situação orçamental controlada, com o défice em 2,6 por cento em 2007, seria agora extremamente difícil enfrentar a actual crise internacional", sustentou.
Mas Vitalino Canas foi ainda mais longe: "na História de Portugal não houve nenhum Governo que tenha enfrentado 18 aumentos do preço da gasolina em 15 dias. Estamos a enfrentar estas dificuldades com seriedade e rigor", advogou.
Segundo o porta-voz do PS, na reunião da Comissão Nacional foi aprovado o relatório e contas do partido relativo a 2007.
"Esse relatório corresponde a um esforço para corresponder ao teor dos acordos do Tribunal Constitucional em termos de consolidação das suas contas. O relatório de contas revela ainda um esforço de contenção assinalável ao nível das despesas e resultados líquidos assinaláveis", disse, embora sem quantificar esses resultados.
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