Fartámo-nos de avisar, até pessoalmente, o Ministro Mário Lino, de que era preciso ponderar bem, porque não há alternativas viáveis (no sentido pleno do termo) pelo que não pode haver lugar a portagens. E o presidente da Federação? Que fez além de dizer que sim, de aplaudir e de repetir os (não)-argumentos governamentais? Pelo que nos apercebemos, o Governo está a ser apanhado de supresa, mais uma vez, pela ponderação popular e regional. Quem confia nas sondagens, pode saber da poda, mas é melhor não esquecer que o primeiro podador foi um burro... Além do mais é injusto, e sectário, porque é o Norte, mais uma vez, o pião das nicas das finanças públicas. Os interiores albi-castrenses são uma coisa, nas auto-estradas do "lá vai um", o Norte, na pior crise de sempre, continua a grande teta nacional! E quando secar? Quem vai exportar?
Foto Fernando Timóteo (JN)
Ana Teixeira Marques (JN) 4.5.2008
Foto Fernando Timóteo (JN)
Ana Teixeira Marques (JN) 4.5.2008
Mais de 60 mil assinaturas recolhidas. É este o balanço do abaixo-assinado contra a colocação de portagens nas SCUT do Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto. Ontem, um dia depois de terminada a recolha de assinaturas, as seis comissões de utentes fizeram contas à expressão do protesto e já decidiram o abaixo-assinado será entregue ao primeiro-ministro na próxima quinta-feira e, no dia 24, realizar-se-á uma marcha até à Avenida dos Aliados."Vamos realizar uma marcha lenta, partindo dos vários concelhos abrangidos, que irá confluir na Avenida dos Aliados, no Porto, às 17 horas", afirmou, ontem, Valdemar Madureira, no final da reunião do Movimento Conjunto de Contestação às Portagens, formado pelas comissões de utentes da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Grande Porto (Matosinhos, Maia, Porto e Gaia), Viana do Castelo, Aveiro, Esposende e Vale do Sousa.O também porta-voz da Comissão de Utentes do Grande Porto não tem dúvidas que, face à enorme adesão do abaixo-assinado, a marcha de protesto - que já tem a participação confirmada de algumas empresas de transportes -, será "um sucesso"."Foram recolhidas mais de 60 mil assinaturas, na Internet (39.026) e por contacto pessoal (mais de 20 mil)", explicou Valdemar Madureira, que espera que o primeiro-ministro receba a delegação do movimento, na quinta-feira, ao meio-dia, para a entrega do abaixo-assinado."Depois, vamos transformar o 24 de Maio num grande dia de protesto, de indignação e apelo ao Governo para que deixe de ser autista e leve em consideração a realidade da região", frisou Valdemar Madureira, lembrando que, das três premissas que sustentam a decisão do Governo, "nenhuma se verifica"."A começar pela existência de alternativas, basta ver o que é a EN13, que não é alternativa à A28 (Porto-Viana)", argumentou Madureira, que continua a desafiar Sócrates e Mário Lino a fazerem o percurso pela EN13, "sem batedores e a respeitar os limites de velocidade", constatando, "ao vivo, que o percurso pela EN13 demora, pelo menos três vezes mais do que pela A28 [e não 1,3 vezes como consta do relatório que sustenta a decisão do Governo]". O mesmo se passa, garante o Movimento Conjunto, nas restantes três SCUT a portajar.Quanto aos restantes dois critérios - o Índice de Poder de Compra Concelhio (IPCC) e o PIB per capita superiores a 90% da média nacional -, o movimento desafia o Governo a refazer as contas, retirando, aos 49 concelhos afectados o Porto, com um IPCC de 198,5% e em qualquer SCUT na sua área territorial. O resultado, dizem, seria "bem diferente".
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