Agrava-se brutalmente o défice externo
(Público) 3.1.2009
No ano que findou, e de acordo com as últimas projecções do Banco de Portugal, o défice externo português (medido pela balança corrente e de capital) terá atingido os 8,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), superando os 8,2 por cento do ano passado e ficando próximo dos 9,2 por cento de 2006. A acumulação de défices externos sucessivos fez com que a dívida do país ao estrangeiro se tivesse elevado em 2007 para 146,2 mil milhões de euros, ou seja, 89,6 por cento do PIB desse ano.
Em 1997, este valor estava ainda nos 18,5 por cento, o que significa que, no espaço de uma década, este indicador mais do que quadruplicou. O endividamento aconteceu a partir do momento em que as taxas de juro reduzidas levaram as pessoas a comprar mais casas e carros, mas sem que, em contraponto, se produzisse mais. Devido à protecção do euro, o valor da dívida não abre o risco de uma crise cambial, mas pode vir a limitar o ritmo de crescimento da economia durante muitos anos.
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