terça-feira, 28 de julho de 2009

Compraram arroz e leite produzidos em Portugal
Agricultores invadiram hipermercado em protesto contra a falta de escoamento dos produtos nacionais
28.07.2009 - 15h41 Lusa
Centenas de agricultores do Baixo Mondego e Gândaras invadiram hoje o hipermercado Continente do Fórum Coimbra, para comprar arroz e leite produzidos no país, em protesto contra a falta de escoamento dos produtos nacionais.Em resposta ao apelo do presidente da Associação de Orizicultores de Portugal, Carlos Laranjeira, os agricultores dirigiram-se ao hipermercado e, ordeiramente, adquiriram 146 pacotes de leite Gresso e 150 quilos de arroz carolino Pato Real (que esgotou da prateleira), Bom Sucesso e Saludães.
Num "gesto nobre e de solidariedade", os produtos adquiridos serão doados a três instituições de solidariedade de Coimbra, disse o dirigente. Os agricultores queixam-se da alegada falta de apoio das grandes superfícies para escoar os seus produtos, embora a Lusa tenha constatado que a maioria do arroz nas prateleiras do Continente do Fórum Coimbra era de produção nacional. O protesto começou segunda-feira, com mais de centena e meia de tractores e máquinas agrícolas no centro da cidade de Coimbra, de onde deverão partir cerca das 16:00.
Carlos Laranjeira manifestou-se aberto ao diálogo com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), com quem irá reunir, a pedido da associação, na próxima sexta-feira, às 14:00, em Lisboa. "O que pretendemos é a aproximação entre todos (produtores, distribuidores e industriais), que não seja por nossa culpa que não se façam acordos para salvar a agricultura", disse, avisando, no entanto, que "ninguém cante vitória", porque "não assumirá qualquer compromisso sem ouvir os associados".
Após entregar um documento reivindicativo no Governo Civil de Coimbra, a reclamar a intervenção do Executivo no combate à redução dos preços ao produtor e às dificuldades de escoamento dos produtos, Carlos Laranjeira lançou uma sugestão. "Se há leite a mais é fácil resolver o problema, o Estado que o compre e distribua pelos mais carenciados e crianças. É assim que se faz política social", sustentou.
A crise no sector, que atinge também o milho e a batata, levou cerca de 800 agricultores a encetarem uma manifestação, a pé, entre a Av. Fernão de Magalhães, onde deixaram os tractores, e o Fórum Coimbra, na margem esquerda do Mondego, com passagem pela Portagem.
A "indicar o caminho" ia um burro, na frente, a puxar uma carroça com plantas de arroz, guiado por uma caricatura do ministro da Agricultura. O protesto foi promovido por um grupo de agricultores da região do Baixo Mondego e Gândaras e teve o apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra e Associação Portuguesa dos Orizicultores.

2 comentários:

Anónimo disse...

A situação que se vive é um absurdo. E o governo não serve para nada. Aquele Ministro da Agricultura é um zero. Mas quem o tem lá é outro. Para o país é uma grande coisa que este PS socrático vá pela borda fora. É preciso m Ps com outra orientação, outra linha de actuação. É preciso outro SG, mas não chega.

terramar e ar disse...

Produzam, produzam, produzam...Precisamos de fartura em Portugal...e não de especulação nos preços...se os preços baixam produzam mais ainda...inundem o mercado com os vosos produtos...essa deve ser avossa luta mostrem o que produzem...obriguem o estado adistribuir os vosos produtos, nem que tenha,m que recorrer aos barrigudos das forças armadas para a sua distribuição...Mas não fiquem de braços no ar com a manela diz que tem estado, sem baixar os braços...esso só faz cansar e não aumenta o PIB, é preciso que alaranjada baixe os braços e produza...não pode viver eternamente de braços no ar apedir chuva de subsidios par a agricultura e não produzir...

SE a UE fixar cotas e multas deprodução então aí é legitima aluta dos agricultores...