Elisa Ferreira só fica no Porto se ganhar
Susana Branco (SOL) 17.7.09
Elisa Ferreira, há uma semana, tinha o dirigente do PS-Porto a questionar publicamente a sua candidatura. José Sócrates veio em seu apoio e Orlando Gaspar saiu de cena. Mas, apesar de todo o ruído e das sondagens desfavoráveis, a antiga ‘patroa’ de Sócrates no Ministério do Ambiente, no Governo de António Guterres, acredita que pode conquistar os portuenses
Depois do voto de confiança reiterado por José Sócrates e afastada a concelhia do PS da liderança da sua campanha, estão sanadas as polémicas à volta da sua candidatura?
A clarificação ficou feita aos olhos de todos e isso é benéfico. As estratégias de alguns protagonistas, frequentemente movidos por interesses pessoais, não podem confundir-se com a vontade e generosidade dos militantes e simpatizantes do PS. Nem afectar a confiança que muitos outros amigos do Porto, que não pertencem ao partido, depositam em mim e no meu projecto para a cidade.
Pensou desistir da candidatura?
Não, não pensei. Mas vi-me forçada, contra a minha vontade, a pedir a clarificação da posição do partido. Espero que não surjam mais surpresas.
Quanto ao repto lançado por Manuel Alegre sobre as duplas candidaturas…
Há uma coisa que não tolero. Sou intérprete de uma opção do partido. Dentro do quadro legal, os partidos são livres de decidir sobre duplas candidaturas. Tal como a CDU, o PS optou por candidatar às câmaras pessoas que sabia que tinham prestígio, nomeadamente através do papel desenvolvido no Parlamento Europeu. Outros partidos decidiram de modo diferente. Agora o PS decidiu alterar a sua prática quanto às autárquicas, está no seu direito. Não há é razões éticas associadas a nada disto.
No PS houve quem defendesse que, se perdesse, poderia ficar na Câmara como vereadora. Imagina-se nesta posição?
Não. Vejo-me como a presidente que pode fazer o Porto inverter o declínio em que caiu e é isso que importa discutir neste momento. Há duas alternativas para liderar o Porto: ou mantermos a actual liderança de Rui Rio – o que me parece fatal para a cidade – ou mudar, e eu sou a única pessoa que pode fazê-lo.
Preocupam-na os maus resultados das sondagens?
Não. São sondagens a quatro meses de distância, a seguir a uma derrota nas europeias, sobre um assunto que não está na cabeça das pessoas e em que metade dos inquiridos se recusou a responder.
Além dessa conjectura encontra alguma explicação para uma diferença tão grande?
Toda a confusão do ataque de Rui Rio à minha candidatura, que coincidiu com essa fase. Há muitas maneiras de contar a mesma história e ao introduzir a dúvida no cidadão o PSD ultrapassou o aceitável. Não vale tudo. Ofende-me se dizem ‘esta senhora anda à procura de emprego’. Nunca vim para a política para ter emprego.
É prematuro afirmar que deixava de imediato o Parlamento Europeu caso...
... Por que haveria de deixar? Para quê? Porquê? Em teoria, até é compatível com o facto de ser deputada – como é a Ilda Figueiredo e como foi Francisco Assis. Outra coisa é saber se quero, se o partido quer... Não tenho uma espécie de sub-estatuto em relação a Rui Rio, que diz ‘nunca serei vereador’. Por que hei-de eu ser? Combato para ganhar, tenho hipóteses de ganhar.
Susana Branco (SOL) 17.7.09
Elisa Ferreira, há uma semana, tinha o dirigente do PS-Porto a questionar publicamente a sua candidatura. José Sócrates veio em seu apoio e Orlando Gaspar saiu de cena. Mas, apesar de todo o ruído e das sondagens desfavoráveis, a antiga ‘patroa’ de Sócrates no Ministério do Ambiente, no Governo de António Guterres, acredita que pode conquistar os portuenses
Depois do voto de confiança reiterado por José Sócrates e afastada a concelhia do PS da liderança da sua campanha, estão sanadas as polémicas à volta da sua candidatura?
A clarificação ficou feita aos olhos de todos e isso é benéfico. As estratégias de alguns protagonistas, frequentemente movidos por interesses pessoais, não podem confundir-se com a vontade e generosidade dos militantes e simpatizantes do PS. Nem afectar a confiança que muitos outros amigos do Porto, que não pertencem ao partido, depositam em mim e no meu projecto para a cidade.
Pensou desistir da candidatura?
Não, não pensei. Mas vi-me forçada, contra a minha vontade, a pedir a clarificação da posição do partido. Espero que não surjam mais surpresas.
Quanto ao repto lançado por Manuel Alegre sobre as duplas candidaturas…
Há uma coisa que não tolero. Sou intérprete de uma opção do partido. Dentro do quadro legal, os partidos são livres de decidir sobre duplas candidaturas. Tal como a CDU, o PS optou por candidatar às câmaras pessoas que sabia que tinham prestígio, nomeadamente através do papel desenvolvido no Parlamento Europeu. Outros partidos decidiram de modo diferente. Agora o PS decidiu alterar a sua prática quanto às autárquicas, está no seu direito. Não há é razões éticas associadas a nada disto.
No PS houve quem defendesse que, se perdesse, poderia ficar na Câmara como vereadora. Imagina-se nesta posição?
Não. Vejo-me como a presidente que pode fazer o Porto inverter o declínio em que caiu e é isso que importa discutir neste momento. Há duas alternativas para liderar o Porto: ou mantermos a actual liderança de Rui Rio – o que me parece fatal para a cidade – ou mudar, e eu sou a única pessoa que pode fazê-lo.
Preocupam-na os maus resultados das sondagens?
Não. São sondagens a quatro meses de distância, a seguir a uma derrota nas europeias, sobre um assunto que não está na cabeça das pessoas e em que metade dos inquiridos se recusou a responder.
Além dessa conjectura encontra alguma explicação para uma diferença tão grande?
Toda a confusão do ataque de Rui Rio à minha candidatura, que coincidiu com essa fase. Há muitas maneiras de contar a mesma história e ao introduzir a dúvida no cidadão o PSD ultrapassou o aceitável. Não vale tudo. Ofende-me se dizem ‘esta senhora anda à procura de emprego’. Nunca vim para a política para ter emprego.
É prematuro afirmar que deixava de imediato o Parlamento Europeu caso...
... Por que haveria de deixar? Para quê? Porquê? Em teoria, até é compatível com o facto de ser deputada – como é a Ilda Figueiredo e como foi Francisco Assis. Outra coisa é saber se quero, se o partido quer... Não tenho uma espécie de sub-estatuto em relação a Rui Rio, que diz ‘nunca serei vereador’. Por que hei-de eu ser? Combato para ganhar, tenho hipóteses de ganhar.
11 comentários:
E como vai ganhar fica. E como eu sou um elefante mio.
Isto é uma pouca-vergonha. Essa senhora não faz a minima ideia do que é o espirito democratico. Se perder é eleita vereadora. Se diz que não aceita é anti-democrática e embusteira. E está a enterrar o PS não só no Porto como a nível nacional pois tudo o que se passa no Porto se repercute a nível nacional.
Não percebo o espanto de alguns que aqui escrevinham.
Santana se perder em Lisboa não fica como vereador.
Rui Rio se perder no Porto não fica como vereador.
Menezes se perder em Gaia não fica como vereador.
E por esse País fora são tantos que não fcam e sí falam na Elisa?
Gostei da entrevista, que revela clareza de ideias. Já perguntaram ao actual presidente da CMP se fica como vereador? E já ninguém se lembra do melhor presidente que passou pelo Porto? Por acaso Fernando Gomes ficou como vereador?
Quem concorre para o lugar de presidente, desde que o anuncie previamente, como é o caso, e não fica como vereador não está a enganar o eleitorado. E não me venham com a CDU ou BE. Esses só concorrem a vereadores. Pelo menos para já!
A Ilda é deputada do PE.
João Semedo concorre como deputado.
Luis Fazenda concorre a Lisboa e a deputado.
Rio não fica como vereador.
Menezes não fica em Gaia como vereador.
Santana disse que não fica como vereador em Lisboa.
E há muitos mais.Só o Louçã e o Jerónimo é que não querem ver.
E alguns socialistas vesgos.
O Assis ficou como vereador,embora se tenha ficado a perceber a incompatibilidade actual entre ser vereador de oposição num município como o Porto e ser membro do PE. O Pedro Batista ficou vereador em Gondomar até que lhe tiraram a confiança política para meterem o coordenador de lá a meter umas cunhas para a filha ao Valentim. Tantos ficaram como vereadores por perderem como presidentes! Quando não são eleitos presidentes são eleitos vereadores. É o ABC da democracia.Admite-se que antigos presidentes, eleitos apenas vereadores queiram acabar aí a vida política autárquica. O resto é um embuste de vigaristas que usam o nome de socialistas ou de seja o que forem para conspurcarem os seus partidos, as suas ideologias e a política. E os seus paladinos de trela são o nadir da política. Se não fossem uns simples pobres de espírito, não é ó Zé da Silva, Pobre Diabo Não sei que Mais que mudou de nome também conhecido pelo anónimo mais menos que por aqui aparece?
Paulo MB: foi por causa dessas arrogancias que o Fernando Gomes perdeu... Mas, ainda assim, no caso de terem sido já presidentes da câmara a que concorrem, admite-se que perdendo não queiram ficar eaté queiram acabar a vida política. No caso da Elisa Ferreira não passa de cagança! Quem é que ela pensa que é? Tudo o que foi foi à gola do PS que naltrata vergonhosamente. E ao contrário que que diz se voltasse para a Fac. Economia não saía da cepa torta porque tem há muito as pernas cortadas lá, não tem hipótese de carreira académica.
Elisa não passa de uma tecnica com qualidade para acessora que poderia ainda assim ser uma boa candidata se fosse humilde e séria. Tem mostrado nas diversas atitudes que não é uma coisa nem outra, politicamente falando, claro.
Não podemos arranjar as leis à medida da conveniência do que queremos defender.
O anónimo comuna não gosta que falem na Ilda e no Semedo.São todos iguais.
Uns aldrabões como o Louçã. Acusa mas não prova.
O anónimo que aqui não quer ser confundido com ninguém. A seu tempo irá quem é e põe a boca no trombone.
O que não aceito é que alguns que aqui escrevinham quando são defrontados com oportunismo e com a verdade passam ao insulto.
Essa já se passou com um al Primo de Amarante, que até no BLOG dele que para aqui transcrevia cortou os comentÁRIOS.
Eu conheço-vos de gingeira, mesm disfarçados.
Cá está o José da Silva, Polícia de Giro e Anónimno Pide. Conhece-se bem pela esquizofrenia. Deixá-lo.
Claro que com a posição que o PS tomou (infelizmente só a seguir ao PSD), mas que já tinha tomado antes, só que de forma mais vaga, quem está mal na fotografia é a CDU com a Ilda e o BE com o Semedo. Já toda a gente sabe isso!!! É um embuste duplo a dupla candidatura a um Executivo autárquico e à Assembleia da República.
É uma pena que o Primo de Amarante não esteja a enriquecer o debate com a sua colaboração crítica sempre brilhante. Se é por causa do Pide Anónimo (José da Silva e Polícia de Giro)faz mal, porque está-lhe a dar importância e ele não tem nenhuma importância argumentativa que é o que interessa.
O BE e a CDU concorrem no Porto tanto a vereadores como o CDU. Todos concorrem a presidentes. Se deixarmos o formalismo da lei democrática entramnos facilmente na corrupção da democracia, a dizer que vamos ter eleições para porimeiro-ministro e assim por diante. Foi com este tipo de coisas que caiu a república romana e surgiu o Império, ou seja a ditadura.
Todos são iguais nos direitos e portanto nos deveres.
BE e CDU têm os mesmos direitos e portanto os mesmos deveres e responsabilidades.
Os mesmos direitos é verdade. Mas não podem atacar o PS porque eles fazem o mesmo.
Quanto ao brilhante anónimo (ex-Priomo de Amarante) eu não tenho importância argumentativa, é verdade. Mas vindes sempre comer à mão.
O que eu não tenho é medo de vos desmascarar.
São tácticas pidescas bem conhecidas.
O palavreado oco já enoja.
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