terça-feira, 28 de julho de 2009

Pedro Baptista desiste de providência cautelar

(JN) Hermana Cruz 28.7.09

O membro da sensibilidade minoritária da Distrital do PS/Porto já não vai interpor uma providência cautelar contra a lista de deputados para as legislativas, alegando não querer arrastar nos tribunais uma questão que é "essencialmente p0olítica".
"Não vale a pena arrastar em termos jurídicos um processo que é essencialmente político. Isso só ia prejudicar o partido e a imagem da política", justificou, ao JN, lembrando que a própria Comissão Política Nacional do PS ratificou "as listas que não têm qualquer respeito pela participação das diversas sensibilidades do partido".
Todas as sensbilidades foram excluídas. Só ficaram as figuras totalmente fiéis a José SDócrates e as pessoas que servem para fazer números de cirso", atacou Pedro Baptista, avisando que o "sectarismo pode levar a um afunilamento do eleitorado e a uma derrota".
Baptista garantiu ainda que, ao contrário do que o JN noticiou no domingo, não critica as listas por não ter sido colocado num lugar elegível. "Nunca estiveram nomes em cima da mesa . Apenas um pacote de lugares (seis) que correspondem ao 15% que temos na Comissão Política Distrital", assegurou.
Resta acrescentar, já que é necessário, que tanto é assim, que a nós pessoalmente foi-nos oferecido pelo emissário do Presidente da Federação, Artur Penedos, um lugar considerado elegível, que logo rejeitámos, porque não era isso que estava em causa, não eram esses os nossos direitos que exigimos. Não nos misturamos portanto com os que vêem no PS todos os defeitos desde o momento em que saiem dos lugares convenientes.
Quanto à providência cautelar, se avançássemos nestes cinco dias de prazo, era certa a sua vitória, porque a lista foi pura e simplesmente rejeitada e não houve nenhuma segunda lista, apenas uma golpada ridícula à dimensão das mentes do Sr. Sampaio e do Dr. Pizarro, os seus engenheiros. Poderia mesmo acontecer que, conforme nos informam os juristas, com um juiz mais rigoroso e caso a Federação não levasse o caso a sério rapidamente, que o PS/Porto ficasse sem lista de deputados no Porto. Razões para sopesar os prós e s contra, hesitar, e acabar por optar pelo não, embora sem a certeza da opção tomada ter sido a mais correcta. Afinal alguém um dia tem de meter na ordem esta gente do PS-Porto (o PS todo está a ficar cada vez mais igual), e acabar com a impunidade em que têm vivido pensando que podem fazer tudo o que lhes apetece e a toda a hora. Mas a vida é assim, é difícil, por vezes, ter certezas e, desta vez, optamos pelo não (PB).

10 comentários:

Anónimo disse...

As negociaçoes com gente desta são perigosas.
Há mais de 15 anos que é assim.
Qual caminho a seguir?
Malhar à direita e à esquerda e neste oportunistas que querem destruir o PS/Porto.

Anónimo disse...

Lamentável decisão...! Na próxima tudo se repetirá, e a oposição à actual Federação além de perder uma excelente oportunidade de dignificar o PS acaba por embarcar nos mesmos pressupostos o que lhe retira toda a idoneidade para voltar a criticar. Que grande tiro no pé...

M. Araújo disse...

Não é tiro no pé, a isto chama-se respeito e dignidade. O partido merecia este gesto.

Anónimo disse...

Há razões que a razão desconhece.
Mas existiram negociações e quem se mete a negociar com aldrabões sai...
Que outros falem para eu arrumar o trombone.
E quem andou a negociar tinha mandato de quem e como?
Aguardo resposta.

Anónimo disse...

Vai-me desculpar. Em nome do Partido prejudicam-se uns em favorecimento de outros. O "em nome do Partido" deveria ser presidido pela razão que assiste a quem foi, é, continua e continuará a ser prejudicado com truques e engenharias turvas. Em "Nome do Partido" a oposição salutar que se pretende está de luto...Respeitou-se a dignidade de quem? Do actual presidente da Federação? Lamento, mas a Federação do PS/Porto bateu no Fundo submetendo-se como não há memória aos poderes de Lisboa. Não sendo tal bastante, pergunto-me quem da actual lista de Deputados irá fazer a campanha legistativa? Olhem para os 10 primeiros e pensem na disponibilidade dos mesmos...

Pedro Baptista disse...

Não houve negociações nenhumas. Houve uma proposta de participação dos 15% a que tínhamos direito reiteradas em três encontros, e do outro lado nunca foi dito nada até à última hora (22 horas), em que ofereçeram um lugar dito elegível que foi liminarmente recusado. Estava muito longe dos nossos direitos e da representação da sensibilidade. Só servia para a entrada do líder no Parlamento e foi este mesmo a rejeitar a proposta do Renato e do Secretariado, apresentada pelo Artur Penedos, sem qualquer consulta. Entre as duas votações a nossa proposta global manteve-se, recuando apenas um lugar porque o que pretendíamos como limite do 1º lugar, calhava numa mulher e pretendíamos para um homem. O negociador estava mandatado pelos membros da sensibilidade que se pretendia ver representada, ou seja pelos membros da lista B que tinham eleito 11 elementos para a Comissão Política e ainda por outros elementos que trabalharam na campanha.
Tudo isto está claro e pormenorizado com toda a transparência nas informações postadas, coisa que, às tantas, que me lembre, nunca ninguém fez. Foi uma noite de grande elevação política e solidariedade de grupo em torno de um objectivo justo, por nossa parte. Se houver mais algum post que pretenda não discordar, mas apresentar insinuações malévolas ou desrespeitosas, mesmo que ao de leve, atentatórias da nossa honra, a coberto do anonimato, serão imediatamente retiradas.
Nem se percebe porque numa discussão destas as pessoas não se identificam.

M. Araújo disse...

Sim em nome do Partido Socialista. O resto, aquilo de que falam, pertence a um submundo possível em qualquer organização. Se existe, se detém o tal poder de que todos falam, é porque os militantes o sufragaram. A eles se atribuem as culpas de tal estado a que as coisas chegaram. Numa contenda tem de haver sempre alguém de bom senso, com mais juízo e capacidade a evitar o caos absoluto. Numa guerra todos os intervenientes perdem, nunca há vencedores. Haverá um tempo próprio de corrigir os erros e ai sim, será a hora de falar

Anónimo disse...

Oxalá essa hora chegue depressa. Para quem está de fora, como eu, e pretende votar PS, o prazo já expirou...

M. Araújo disse...

...e porque não começar, ou recomeçar com ideias de futuro, fazer projectos de vida nova, de juntarmos esforços de modo a que quando chegar a hora as tropas não estejam desbaratadas? Lembre-se que é este o terreno onde proliferam as maleitas que agora nos preocupam. Vamos começar uma luta que, envolvendo pessoas, vá para além de pessoas e se concentre em reaver a dignidade roubada. Este é o tempo de agir em vez de nos perdermos em considerações absurdas que já nada podem resolver.
Organizemo-nos

José Silva disse...

Dr. Pedro Baptista:

Foi a atitude honesta e desejável.
A gente que dirige a FDP do PS é que não sabe o que é Democracia e não respeita o papel das minorias.
De si não esperava outra coisa.
Quem tem propostas, ideias e projectos não consegue negociar com analfabetos e oportunistas.
Vamos em frente.
E as vozes que aqui possam aparece con insinuações não merece resposta, nem perdas de tempo.