ELABORAÇÃO DO PROGRAMA E DAS LISTAS PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS
A forte penalização sofrida pelo Partido Socialista nas eleições europeias fica a dever-se ao natural desgaste da governação e a evidentes erros cometidos, designadamente a subalternização do Partido e dos seus militantes. Situações que têm de ser corrigidas com vista a reunir as condições que garantam a vitória do PS nos próximos actos eleitorais.
Nesse sentido, serão decisivos os processos e critérios de elaboração do Programa e de constituição das Listas para as eleições legislativas.
O Programa para as próximas eleições legislativas constitui a Carta de Compromissos do PS com os portugueses. A sua elaboração deverá constituir a oportunidade para um processo de participação e mobilização, de debate e de contratualização com os socialistas e a sociedade civil para que as propostas e os compromissos sejam assumidos pela maioria dos eleitores.
As Novas Fronteiras constituem uma forma de participação da sociedade civil neste processo. Mas não podemos concordar, nem calar, o esquecimento e a subalternização a que estão votados os militantes e os órgãos estatutários do Partido.
Ao não convocar a reunião da Comissão Nacional para discutir as Moções Sectoriais apresentadas ao último Congresso, a Direcção do Partido está, por um lado, a cometer um grave incumprimento da deliberação do órgão máximo estatutário, a ostracizar militantes e a perder uma singular oportunidade de realizar um debate privilegiado sobre algumas questões programáticas essenciais contidas nas Moções Sectoriais.
Reafirmamos, assim, a necessidade de convocar, com urgência, essa reunião da Comissão Nacional.
Do mesmo modo, torna-se necessário chamar para a elaboração do programa destacados socialistas, alguns deles reconhecidos especialistas em áreas chave do desenvolvimento do país e que têm estado à margem do processo. O Programa do Partido Socialista às legislativas não pode ser marcado pelas opiniões de arautos do neo-liberalismo, alguns responsáveis por políticas e negócios ruinosos para o país, ao mesmo tempo que se aliena a participação de qualificados socialistas.
Na constituição das listas de candidatos à Assembleia da República devem ser emitidos sinais de profundas mudanças e renovação política. Para além das elevadas e influentes funções que desempenha para o país, a Assembleia da República funciona como espelho da classe política.
As eleições primárias são, comprovadamente, um sistema de qualificação dos candidatos e de valorização do debate e das opções políticas. Não sendo possível recorrer á às eleições primárias, transitoriamente, o método de elaboração das listas de deputados deve ser completamente novo, podendo ser avocado, se for necessário, pelos órgãos nacionais. Uma vez que não podemos ainda transmitir a estas listas o prestígio de um método democrático na sua elaboração, pelo menos tornemos ostensivo que elas procuram incluir o que de melhor temos no PS. Tornemos óbvia a mudança no critério de elaboração das listas, de modo a que fique claro que queremos um grupo parlamentar de excelência resultante de critérios radicalmente meritocráticos, distantes das lógicas de aparelho habituais.
Assim, as listas de candidatos a deputados devem reflectir, também, o pluralismo e a democracia internos do PS expressos no último Congresso e nos resultados para os Órgãos Nacionais.
Este caminho mostraria, objectivamente, ao eleitorado que o PS teria uma renovada disposição de efectiva qualificação da vida política, dando assim um contributo para a melhoria da qualidade da nossa democracia. Seguramente que esta mudança de prática política propiciará, também, favoráveis frutos eleitorais.
Os elementos da Comissão Política eleitos pela Moção “Mudar para Mudar”:
António Fonseca Ferreira
Maria Salomé Rafael
Rui Namorado
Edmundo Pedro
Artur Cortez
Manuela Neto
Filipe Batista
Lisboa, 15 de Julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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3 comentários:
A elaboração das listas às legislaturas vai ser um grande problema. Como irão preencer as cotas das mulheres? Há mais namoradinhas que lugares! E há quem tenha muitas que pugnam pelo mesmo lugar!
Vai ser um problema. Moeda ao ar é a solução. E bem vistas as coisas a única, dado que todas valem o mesmo em inteligência e elegância.
Por falar em listas.
A mim compete-me falar do Douro região assolada pelos sucessivos temporais do esquecimento.
A partir do momento em que os governos, todos, voltaram as costas a este paraíso disperso por uma extensa área de terreno onde vivem pessoas e também se produz o vinho embaixador de Portugal no mundo, começou a imobilidade. Entender o Douro como um todo e não considerar apenas a parte mais a Este, seria o princípio da metamorfose por que todos anseiam. Dissociar toda a região do Douro do seu rio, ignorando a força dinamizadora que, às zonas ribeirinhas do seu percurso e às cidades do Porto e de Gaia, ele transmitia no passado, é certamente um acto de inabilidade política, um crime de lesa pátria sem precedentes na história de Portugal.
O Douro, desde o Porto a Miranda, sempre teve gente a representá-lo no Parlamento mas todos eles se deixaram engolir pela embriagues de soluções colectivas para problemas diferentes. Assim, na ausência de quem condignamente os representasse, a Região do Douro e o Rio Douro, foram ficando acorrentados aos apetites de alguns, presos ao sabor da incompetência flagrante de gente que o Partido nomeou. Nada se perguntou aos durienses nestes últimos tempos; o desprezo pelas suas opiniões há-de ser pago pela balbúrdia instalada e por votos.
…e volto a despoletar a minha bomba de perfumes. Chegaram ao Douro os Embaixadores do mundo; vêm pela mão de Ricardo Magalhães o homem da Missão do Douro secundado pelo astronauta da Douro Azul, Mário Ferreira.
Fala-se em apertada segurança, reúnem-se as polícias para vigiar e guardar as costas dos humanos como se o Douro fosse o Afeganistão e em cada curva do rio houvesse, em vez de gente que ainda teima em cavar a terra e sofre as consequências de politicas erradas, bandoleiros e terroristas. Venham todos, policias e porventura alguns ladrões trazidos para justificar a guarda que, o Douro sabe bem quem deve respeitar e não embarcará nas fantasias de mentes tacanhas e presas à objectividade do lucro fácil.
Dar visibilidade mundial ao Douro! Eis a justificação de tão inesperada visita como se o Douro fosse objecto de museu retido nas catacumbas de país por descobrir. Não meus senhores, o Douro é conhecido nas sete partidas deste mundo, recentemente ficou classificado em 11º lugar e apurado, após votação de muitos milhões de pessoa, no concurso que há-de eleger em 2011 as novas sete maravilhas da natureza no mundo. O que o Douro precisa, mais que a promoção da sua silhueta elegante, é de politicas próprias, de entidades que saibam ouvir os seus habitantes na feitura das mesmas e que rebentem com as grades deste presídio natural em que o transformaram. Que se acabe com este aglomerado de entidades a regular aquilo que desde sempre esteve naturalmente regulado e com as absurdas proibições que impedem o seu desenvolvimento sustentado. O que o Douro precisa é de ser tratado com amor e de massa cinzenta em vez dos crápulas que só se pretendem servir dele.
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