Um inquérito em linha, a correr no PÚBLICO, está a dar 93% contra as duplas candidaturas a câmaras e a deputado. Um mesmo inquérito, há dias, no JN, deu também bem acima de 90% contra. Também um inquérito a ditas personalidades no semanário GRANDE PORTO, coloca quase todas as opiniões do lado da interdição, como acontece com a esmagadora maioria dos comentadores.
Ainda há dúvidas sobre este imperativo, para a moralização e transparência da vida política?
Há um, virar de página em frente na política portuguesa, embora fiquem, para já, muitos pormenores por esclarecer.
O que espoletou o escandaloso do fenómeno foi além da duplicidade a simultaneidade. Colocando-se a questão: é legítimo não cumprir integralmente os mandatos que se pediu e recebeu dos cidadãos eleitores, para exercer outras funções? Ou em quais casos isso é legítimo, pois é evidente que os há? Será legitimo deixar o mandato de presidente de Câmara do Porto para ir a Ministro? E se for chamado, pelo SG ou Presidente do partido, a Primeiro-Ministro? E se for chamado a candidato a PR? Ou a Comissário Europeu? Que critérios? Que razões e motivações devem ser considerados.
Os tempos mudam e o espírito do seu tempo (zeitgeist) também. O que se está a passar também é os cidadãos mostrarem-se mais exigentes para copm a democracia, deixando de engolir embustes e patranhas que, há uns tempos, engoliam.
Neste sentido a crise moral e de confiança da política representa um avanço. Assim os agenter políticos sejam capazes de se mostrarem à altura das suas responsabilidades históricas (P.B.).
2 comentários:
Andam entretidos em destruir o PS e deixam o PSD e o BE à solta.
Agora aparecem lideres para tudo.
Lideres concelhios, lideros distritais, lideres de oposição interna. Só não vejo ninguém a defender o PS.
O que se pretende?
Não é com medidas de última hora, seguindo a agenda do PSD e do BE que o PS muda.
Ou os militantes sérios tomam em mãos o futuro do artido n Porto ou o melhor é fechar a porta para balanço.
O mal dura há 15 anos e haja o alguém que atire a 1ª. pedra. Já todos estiveram com todos.
Estou à espera que me expliquem a lista única para a concelhia do Porto e de outros concelhos, com excepção de Paredes e pouco mais.
As reflexões do PB são pertinentes. Estou crente que estamos a caminhar para as candidaturas uninominais. É que desse modo não estou a ver alguém a ser eleito e depois sair para outra função. O Povo seria implacável em eleições futuras. E já temos o exemplodo Dr.Fernando Gomes, mesmo sem o tema ter sido discutido como agora.
E se assim for, nem são precisas leis para definir as incompatibilidades. Os eleitores encarregar-se-ão de as "fazer" nas urnas.
O que não se compreende é a situação actual de se mudarem as regras a meio do jogo. Os que convidaram a DrªElisa Ferreira para as duas candidaturas são os mesmos que agora lhe estão a causar problemas com a alteração de critérios para as próximas candidaturas. Deviam-se ter lembrado mais cedo. E não digam que não foram avisados!
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