Elisa diz que o Porto é uma cidade dividida entre ricos e pobres
08.07.2009, José Augusto Moreira
Candidata do PS diz que a cidade está velha e dividida entre ricos e pobres. Para Elisa Ferreira, quem ache que está tudo bem representa um perigo
A Elisa Ferreira entende que o Porto não pode continuar a ser uma cidade dividida entre ricos e pobres, com condomínios privados de um lado e bairros sociais e ilhas do outro. "Temos que atacar a base social desta cidade. Todos têm que ser parte e poder dar o seu contributo para o seu renascimento", frisou, anteontem à noite, a candidata socialista à Câmara do Porto, no decurso de um debate sobre as questões da educação, da acção social e da cultura.
08.07.2009, José Augusto Moreira
Candidata do PS diz que a cidade está velha e dividida entre ricos e pobres. Para Elisa Ferreira, quem ache que está tudo bem representa um perigo
A Elisa Ferreira entende que o Porto não pode continuar a ser uma cidade dividida entre ricos e pobres, com condomínios privados de um lado e bairros sociais e ilhas do outro. "Temos que atacar a base social desta cidade. Todos têm que ser parte e poder dar o seu contributo para o seu renascimento", frisou, anteontem à noite, a candidata socialista à Câmara do Porto, no decurso de um debate sobre as questões da educação, da acção social e da cultura.
Recorrendo a números, Elisa Ferreira traçou um quadro negro sobre a realidade actual do Porto, frisando que é a cidade do país que mais população tem perdido, que concentra índices cada vez mais elevados de idosos, de pobreza e de degradação urbana, em flagrante contraste com o país e a realidade que a rodeia. "Entre 2001 e 2007, o Porto perdeu uma média de 18 habitantes por dia e brevemente terá menos população que a que tinha quando foi instaurada a República", disse. Os números mostram ainda que "mais de 34 por cento dos habitantes vivem de pensões da Segurança Social". A pobreza e o envelhecimento fez com que a cidade esteja hoje "dividida entre duas metades, tendo perdido a gente que mediava entre os mais pobres e os mais ricos e cosmopolitas", explicou ainda, para concluir pela necessidade de aplicação de políticas que criem novas dinâmicas e condições de atracção para o regresso dos jovens.
No entender de Elisa Ferreira, a solução para a mudança passa por estabelecer redes com as diversas organizações e instituições, mas é também necessário "reconhecer que a situação é complexa e exige uma solução rápida". Por isso, alertou, "a cidade não pode ser caracterizada como estando bem e é mesmo um perigo dizer-se que tudo está bem".O modelo do debate, promovido pela Fundação Spes, assenta em questões colocadas por representantes de todas as juventudes partidárias, que se concentraram em polémicas do passado como o teatro Rivoli, o projecto para a demolição das torres do Aleixo ou o financiamento ao programa Porto Feliz.
Segundo Elisa Ferreira, 34 por cento da população da cidade vive de pensões da Segurança Social
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