Acordo polémico demais, no plano dos conteúdos e de uma tomada de posição do público, para poder ser aprovado em nome de um interesse político imediato por deputados, em muitos casos, sem qualificação e na generalidade com qualificação deficiente. Embora alguns dos protestantes nominados também não tenham, na matéria, mais qualificações.
Não tendo havido, ainda, um debate decente, pelo menos satisfatório de que os argumentos tenham sido dirimidos e assimilados, que seja feito finalmente. O melhor é o adiamento do debate parlamentar ou, pelo menos, de qualquer decisão.
(Público)04.05.2008
Uma petição contra o Acordo Ortográfico, assinada por 19 personalidades ligadas à cultura, política e economia, está a circular na Internet desde sexta-feira. Os subscritores - entre eles o filósofo Eduardo Lourenço, o escritores Vasco Graça Moura e Mário Cláudio ou o ex-presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto - defendem que esta reforma, que o Governo quer fazer avançar após 2012, é "mal concebida", "desconchavada", "perniciosa e de custos financeiros não calculados". Em vésperas do debate parlamentar da proposta de resolução do Governo que defende a ratificação portuguesa do Acordo, marcado para o próximo dia 15, os signatários manifestam-se contra uma reforma "mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor e, nas suas prescrições, atentatória da defesa da língua". No manifesto - já enviado ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro - defende-se que o Acordo "não tem condições" para servir de base a uma proposta normativa, contendo "imprecisões", "erros" e "ambiguidades". Os signatários consideram "inaceitável" a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas", lembrando que muitas delas se lêem ou têm valor etimológico indispensável à compreensão das palavras. Contestam ainda o carácter "facultativo" que o Acordo prevê para numerosos casos, considerando que assim fomenta a "confusão". Os signatários assinalam neste manifesto/petição o "aviltamento inaceitável" a que chegou o uso oral e escrito da língua portuguesa, considerando que esta degradação "fere irremediavelmente" a identidade multissecular de Portugal e o seu riquíssimo legado civilizacional". O Acordo destinado a unificar a escrita do português foi alcançado em finais de 1990. Deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram o documento e os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos. O manifesto é também assinado, entre outros, por António Lobo Xavier, Pacheco Pereira, Silva Peneda, Laura Bulger, Luís Fagundes Duarte, Rosado Fernandes, Magalhães Godinho e Zita Seabra. Lusa
Uma petição contra o Acordo Ortográfico, assinada por 19 personalidades ligadas à cultura, política e economia, está a circular na Internet desde sexta-feira. Os subscritores - entre eles o filósofo Eduardo Lourenço, o escritores Vasco Graça Moura e Mário Cláudio ou o ex-presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto - defendem que esta reforma, que o Governo quer fazer avançar após 2012, é "mal concebida", "desconchavada", "perniciosa e de custos financeiros não calculados". Em vésperas do debate parlamentar da proposta de resolução do Governo que defende a ratificação portuguesa do Acordo, marcado para o próximo dia 15, os signatários manifestam-se contra uma reforma "mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor e, nas suas prescrições, atentatória da defesa da língua". No manifesto - já enviado ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro - defende-se que o Acordo "não tem condições" para servir de base a uma proposta normativa, contendo "imprecisões", "erros" e "ambiguidades". Os signatários consideram "inaceitável" a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas", lembrando que muitas delas se lêem ou têm valor etimológico indispensável à compreensão das palavras. Contestam ainda o carácter "facultativo" que o Acordo prevê para numerosos casos, considerando que assim fomenta a "confusão". Os signatários assinalam neste manifesto/petição o "aviltamento inaceitável" a que chegou o uso oral e escrito da língua portuguesa, considerando que esta degradação "fere irremediavelmente" a identidade multissecular de Portugal e o seu riquíssimo legado civilizacional". O Acordo destinado a unificar a escrita do português foi alcançado em finais de 1990. Deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram o documento e os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos. O manifesto é também assinado, entre outros, por António Lobo Xavier, Pacheco Pereira, Silva Peneda, Laura Bulger, Luís Fagundes Duarte, Rosado Fernandes, Magalhães Godinho e Zita Seabra. Lusa
2 comentários:
"Petição online contra Acotrdo Ortográfico"...
o título é bonito!
acho que ainda estás a tempo, camarada, de comprares um novo corrector ortográfico antes que apareça aí a revisão dos neo-revisionistas.
O acordo ortografico foi aprovado
18 anos depois da sua criaçao.
Acho que ja era hora de simplificar a escrita do portugues que é bem dificil de ensinar no estrangeiro quando comparada com linguas que nem acentos teem.
O ingles nao tem acentos e o espanhol so tem um acento o grave e o til nos ns. Nao é por acaso que sao as linguas mais faladas no mundo e onde mais estrageiros se inscrevem para aprender.
Portugues descomplicado sim obrigado.
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