sexta-feira, 3 de julho de 2009

Decisão reforça necessidade de gestão autónoma
(JN) 3.7.09 HELENA NORTE
A decisão da Ryanair merece aplauso unânime e é mais um argumento para os que defendem o Aeroporto Francisco Sá Carneiro com um modelo de gestão autónoma.
O fim do monopólio da TAP nas rotas internas é outra das reivindicações de algumas das figuras que vêem o dinamismo do aeroporto do Porto como uma via privilegiada para a afirmação da cidade e da região.
As reacções não podiam ser mais entusiásticas. José António Barros confessa-se "encantado" por a Ryanair estar a "antecipar o Porto como destino de turismo de negócios". Mais um "sintoma de que de o aeroporto Sá Carneiro é viável autonomamente" é a opinião de Rui Moreira. Carlos Lage diz mesmo que é "um raio de luz num horizonte tão carregado de nuvens".
O presidente da Associação Empresarial de Portugal assinala o lançamento do Centro de Congressos do Palácio de Cristal e o anúncio da abertura da nova base da Ryanair, na mesma semana, para sublinhar a aposta do Porto como uma cidade de congressos e negócios, a somar à consolidação como destino turístico.
Congratulando-se pelo alargamento das rotas e das partidas do Porto, José António Barros expressou o desejo de que se criem condições para que a operadora low-cost passe a fazer ligações Porto-Lisboa e Porto-Faro, acabando, assim, com "o monopólio da TAP".
Rui Moreira também considera fundamental abrir as rotas internas a outras transportadoras. "Eu vou e venho a Madrid oito vezes pelo preço de uma viagem do Porto a Lisboa com a TAP. É uma exorbitância", aponta o presidente da Associação Comercial do Porto.
O anúncio da decisão da Ryanair é, em sua opinião, "mais um argumento a favor da viabilidade da gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro", conforme tem sido defendido por um conjunto alargado de responsáveis políticos, empresariais e associativos.
"O aeroporto do Porto tem de ter iniciativa, de forma a preservar e defender a sua autonomia", frisa o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, acrescentando que "quanto maior autonomia de gestão e de estratégia tiver, tanto melhor". Para Carlos Lage, "toda e qualquer estratégia pensada para favorecer a construção de um novo aeroporto em Lisboa é errada para o país e injusta e perdulária para o Norte".
A abertura da 33.ª base da Ryanair no Porto constitui um "impulso à criação de emprego, ao turismo e aos negócios em geral".

1 comentário:

Unknown disse...

Governo Regional já! Pporque alguém vai ter de pagar as diferenças do valor das taxas que a RAYANER vai e o que outras companhias incluindo a "preveligiada" vão pagar!?É isso em Girona na Catalunha quem paga é governo regional, em Itália a mesma coisa, tudo isto é possivel porque a gestáo do aeroporto é publica!.