domingo, 5 de julho de 2009


Com a decisão tomada no passado dia 3, o Secretário-Geral José Sócrates bem como a esmagadora maioria dos dirigentes distritais do Partido, mostraram-se capazes de comprenderem boa parte dos sinais vindos da sociedade, nomeadamente em 7 de Junho, assim como se mostraram capazes de tomar medidas de moralização da vida política e promover a unidade do partido.
Referimo-nos sobretudo às decisões sobre as duplas candidaturas que tão negativamente têm afectado a imagem do PS, sobre a obrigatoriedade de as listas de deputados representarem as diversas sensibilidades do PS e não apenas as "maiorias" nos poderes, bem como sobre a necessidade de abertura à sociedade o que, no caso do Distrito do Porto, tem de ser entendido como o desfraldar das bandeiras regionais que foram esquecidas nas gavetas durante os últimos anos e habilidosamente tomadas pelo adversário.
Parabéns, José Sócrates!
Com a mesma frontalidade com que nunca o apoiamos nas duas últimas eleições internas, também agora damos-lhe todo o apoio e solidariedade! O que sempre faremos quando considerarmos que tem consigo a razão!
É preciso, no entanto, que as decisões tomadas sejam integralmente cumpridas; sabemos que vai haver quem só as cumprirá sendo obrigado a isso. (Pedro Baptista)

4 comentários:

Miguel Castro disse...

Parabéns Doutor Pedro Baptista pela forma honesta como faz politica e também pela coerência das suas posições que se têm revelado, não raras vezes, as mais acertadas.

Paulo Moz Barbosa disse...

Caro Pedro,
A política faz-se com honestidade e esta tua posição é coerente com o que sempre tens (temos) vindo a defender.
No que escreveste só divergimos num ponto: eu sempre dei o meu voto ao JS nas disputas internas. Mas não é isto a democracia? Felizmente que nem sempre temos de ter posições convergentes.

Pedro Baptista disse...

Obrigado Dr. Miguel Castro, meu novel amigo, e Eng.Paulo Moz Barbosa, velho companheiro desde o Liceu, pelas vossas amáveis palavras. Foi uma vitória de todos nós, uma vitória do Partido Socialista e uma vitória da democracia portuguesa. Mas temos de estar atentos e, como sempre, prontos para a luta para que as directivas se concretizem sem desvios. Nada do que obtivemos o conseguimos sem combater arduamente. Desde o mais mísero papelucho à vitória institucional de parte das nossas ideias. Infelizmente o partido ainda obriga a que assim se travem as batalhas internas. Enquanto assim for, também assim o faremos.
Os factos mostram também que vale a pena exercermos o nosso direito e dever de pensar, apresentar propostas, batermo-nos por elas. E que um partido onde o debate democrático está institucionalizado é necessariamente um partido que erra menos e toma as decisões no momento próprio
Um abraço para os dois.

M. Araújo disse...

Parece que o camarada Sócrates encontrou o caminho perdido. Também parece que sacudiu o capote, que se libertou de alguns dos parasitas que o iam consumindo aos poucos.
“Mais vale tarde que nunca”, diz um velho provérbio popular e julgo que com este e outros pequenos grandes safanões na nomenclatura adoptada, recente como recentes são todas as formas que sufocaram o Partido, ainda se conseguirá atingir um patamar dignificante nos próximos combates eleitorais.
Estas são as mensagens por quem os militantes anseiam; estes são os sinais que podem reorganizar as tropas desbaratadas por pretensos generais sem estratégia.
Parafraseando Luís de Camões:

“Todo o mundo é feito de mudança”