terça-feira, 7 de julho de 2009

Em nome da "coerência" e da "transparência"
Alegre lança repto a Elisa Ferreira e Ana Gomes para que optem por uma só candidatura

(Público) Em Linha 07.07.2009 - 10h15 Margarida Gomes
Tal como o PSD, também Manuel Alegre quer que a decisão tomada pela direcção do PS de proibir as duplas candidaturas tenha efeitos retroactivos. O mesmo é dizer que desafia Elisa Ferreira e Ana Gomes, ambas eurodeputadas e candidatas a câmaras municipais (Porto e Sintra), a renunciarem a uma das funções.
Depois de o vice-presidente do PSD, José Pedro Aguiar Branco, ter desafiado o PS a provar que a decisão tomada sexta-feira não é "um mero anúncio" e que teria “consequências práticas”, Manuel Alegre vem dizer hoje que é uma “atitude pedagógica exemplar” Elisa Ferreira e Ana Gomes renunciarem aos mandatos de eurodeputadas para os quais já foram eleitas ou às candidaturas autárquicas que encabeçam.
Dirigindo-se a Elisa Ferreira, afirma:"Quem é candidata à Câmara do Porto só deve candidatar-se a um lugar e a mais nenhum", declarou Alegre, em declarações ao PÚBLICO, sublinhando que, “por uma questão de coerência, Elisa Ferreira e Ana Gomes deviam dar o exemplo”.
Ao lado do secretário-geral do PS na decisão de impedir que uma mesma pessoa seja candidata a presidente de uma autarquia e ao mesmo tempo candidata na lista de deputados, o ex-candidato presidencial insiste no argumento de que a orientação agora tomada pela direcção do partido “é uma questão de transparência para o eleitorado”.
De resto, faz questão de dizer que sempre se bateu por ela. “Apoiei esta decisão por uma questão de clareza e acho que Elisa Ferreira e Ana Gomes deveriam dar o exemplo.” Até porque há no PS quem sustente que estes dois casos terão fragilizado a candidatura do PS às europeias.
Afirmando que não se deve obrigar ninguém a renunciar ao que quer que seja, o histórico deputado socialista não deixa de achar estranho que a candidata à Câmara de Sintra tenha classificado de “razoável a decisão por parte do partido" e depois não haja consequências práticas disso. “É uma questão de coerência...”
Em relação a Elisa Ferreira, faz questão de dizer que sempre se bateu para que quem se candidatasse ao Porto fosse exclusivamente candidato ao Porto, porque se trata de um dos cargos mais importantes do país”. O ex-candidato à Presidência da República não pretende fazer mais considerações sobre o caso, preferindo ficar à espera que os destinatários das suas palavras tomem a iniciativa.
O PÚBLICO tentou obter um comentário quer de Elisa Ferreira, quer de Ana Gomes, mas sem sucesso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não é segredo para ninguém a minha admiração por Manuel Alegre:no entanto como não tenho jeito para "fiel escudeiro"! não estou de acordo com ele nesta das duplas candidaturas não que esteja de acordo com elas!!!mas pela altura em que foram anunciadas, ou já se esqueceram que houve uma proposta nesse sentido no congresso de Espinho, do camarada António Fonseca Ferreira? E que esta foi rejeitada pelos "fieis escudeiros" que agora são grandes entusiastas da decisão da direcção do PS.
Os maleficios da dupla candidatura são evidentes, o anunciar agora que abandona o PE as candidatas não vão fazer esquecer o facto.Por isso não estou de acordo com Manuel Alegre e por esse facto já lhe dei conhecimento.

Anónimo disse...

Porquê? Porque a vida de algumas e alguns tachistas foram ao ar? Afinal só estão ´dispostas a servir o Partido nas câmaras se o partido os servir com o vencimento no parlamento nacional ou europeu? Andam na política a fazer o quê senão a governarse? E no Porto o renato foi aregimentando alguns opostunistas para as câmaras a troco dessa promessa. À uma que quer abandonar a candidatura. Outros são mais inteligentes e calam-se. Havia 13 casos conhecidos. Mas havia muito mais casos secretos, como o caso do Guilherme Pinto em Matosinhos. Querem maior vergonha? O Renato agora que dê o exemplo de solidariedade e não vá ao parlamento ou vá substituir a que quer sair. E essa também que vá á vida. É uma vergonha que andem aqui só para mamar.
Ate é uma boa medida para nos livrarmos de boa parte dessa gente. O que o Anónimo diz é verdade mas o facto da medida ser tardia não a torna menos justa, nem tem de haver pena pela canalha que só por aqui anda para se servir do país e não para servir.
O espiriuto republicano é a disposição desinteressada para servir. Pior do que isto só o Jorge Coelho a falar sobre as obras públicas. Mais um coveiro do governo. Como é que op mestre da construção civil pode vir defender as grandes obras publicas se é ele que mama?
Temos de acabar com estas vergonhas e não vamos estar com rodeios: a Elisa e a Ana Gomes são outra vergonha. Nunca seriam candidatas às câmaras se não lhes dessem os tachos no PE em que vão acumular seis mil notas das antigas por mês.Se não, que se limpassem. Abdicassem do PE que voltavam a ter a confiança do eleitorado e até a limpar a honra mas como nunca ganhariam as câmaras porque têm adversários dificeis nunca o farão.
E não podemos saber se o anónimo é assim ou assado, ou se é segredo que ele é assim ou assado precisamente porque é anóniumo.Tal como eu.