quarta-feira, 1 de julho de 2009

PS-Porto "quer assumir" campanha de Elisa Ferreira
(Público) 01.07.2009, Margarida Gomes
Socialistas, apreensivos com o resultado das sondagens , defende estratégia assente na importância do partido
O PS-Porto está aterrado com o resultado alcançado por Elisa Ferreira na sondagem de ontem do Jornal de Notícias, que lhe dá 25 por cento das intenções de voto dos portuenses, menos de metade dos sufrágios da coligação PSD/CDS-PP encabeçada por Rui Rio. Em declarações ao JN, a candidata independente apoiada pelo PS falou de um "duche de água fria" e disse esperar que "as pessoas acordem para os problemas da cidade", para as suas propostas e que acreditem na sua credibilidade. Avelino Oliveira, membro da comissão política distrital do PS-Porto e do secretariado da concelhia, declara que "a sondagem dá algumas indicações importantes para o futuro que é preciso acautelar". Significa isto, frisa, que "a estratégia de uma candidatura com um pendor mais independente do que partidário não está a resultar. A candidatura do PS à Câmara do Porto precisa de ampliar a dimensão do seu símbolo, porque o PS representa um património político e histórico importante que não está a ter repercussão nas sondagens".Lançando um veemente apelo à mobilização de todos aqueles que são "genuinamente socialistas", para que nas próximas eleições votem no símbolo do PS, Avelino Oliveira fala abertamente da necessidade de o "PS assumir a campanha" com o argumento de que "todos devem ser chamados a intervir perante um combate que é difícil e num momento em que a esquerda está em perda". "É preciso quebrar o pendor intelectual da candidatura e recuperar a força partidária", defende, deixando, desde já, um aviso muito claro: "O PS tem de apresentar listas politicamente fortes e não socialmente convenientes." Sublinhando que "as eleições autárquicas não podem hipotecar o futuro de curto e médio prazo do PS no Porto", o dirigente considera que "os 5 por cento conseguidos pela CDU na sondagem traduzem uma clara penalização do eleitorado, a qual se fica a dever ao facto de os comunistas estarem mais preocupados em atacar o PS do que em criticar o PSD".Para já, apesar da desorientação por causa da estrondosa queda que o PS regista na sondagem, ninguém abre fogo precisamente para não dar nenhum pretexto à candidata para bater com a porta e retirar-se da corrida. Não é a primeira vez que o PS-Porto critica quer a escolha da candidata, quer a forma com tem vindo a preparar a sua campanha, uma vez que alguns dos seus seus dirigentes consideram que Elisa Ferreira foi uma "fatalidade".

4 comentários:

GAVIÃO DOS MARES disse...

Vem aí o fim do mundo!!!
Um pavor: A manuela em S. Bento ( com aguiar branco ministro), o santana em lisboa e o rio no porto com o ps em vias de extinção!!!
Como foi possível?!
E de quem é a culpa? Do querido e admirável líder!!!
E... mudar de líder?

m. Araújo disse...

…a culpa é de todos! Dos passivos militantes; dos medíocres que se julgam acima da base porque ocupam lugares destinados aos melhores; dos que circunstancialmente dirigem sem aptidões certificadas; dos que, afastados do mundo do trabalho, encontraram no partido a salvação dos seus dias; dos que desinteressados desses mesmo poleiros momentâneos, deixaram gente desqualificada ocupar as direcções; e dos anónimos militantes que se desinteressaram dos projectos, das causas que por força democrática teriam e deveriam abraçar sem interrupções . A militância pressupõe, deveres, obrigações e entrega a elas mesmas; servir-se em vez de servir, trás sempre os desencantos conhecidos.
Todos os militam neste universo do PS, sabem bem que, apesar das formas de rateio existentes, há sempre uns quantos, espertos e inábeis, arrebanhadores de votos que se apresentam como sábios. Sempre assim aconteceu, não é novidade mas compreende-se e tornam visíveis os danos que causam.

ernesto disse...

Um fraco rei faz fraca uma forte gente.E tudo começou quandos socialistas com 3 candidaturas a SG escolheu o mais desqualificado!

Anónimo disse...

Muito bem, PB. Até que enfim que temos alguém.