Ao cabo de sete anos de mandato, o Dr. Rui Rio anuncia com pompa e circunstância a intenção de, daqui a meia dúzia de anos, demolir as torres que constituem o Bairro do Aleixo.
Não passa de uma velha ideia defendida pelo Eng. Nuno Cardoso no curto período em que foi presidente da Câmara do Porto que nunca teve ocasião de concretizar.
No entanto há diferenças substanciais e significativas entre os dois projectos.
Porque no projecto socialista do Eng. Cardoso, trata-se de demolir as torres para reconstruir habitação no mesmo terreno para todas as pessoas que lá pretendessem e pudessem continuar.
Enquanto no projecto do Dr. Rio não há nenhuma garantia nesse sentido.
Pelo contrário, perfila-se uma negociata com terrenos altamente valiosos e por isso apetecidos, enviando os moradores do Aleixo para outros bairros sociais, até porque Rio nem sequer dá por escrito a garantia de 20 % de realojamentos na Baixa.
Rio de resto parece não compreender a existência no Aleixo de uma segunda e terceira gerações de pessoas ali nascidas que se identificam com a paisagem que torna valiosos os terrenos e que têm a ali a sua afirmação identitária.
É que pessoas não são gado, nem são coisas que possam ser objecto de qualquer engenharia populacional. Pessoas são conjuntos em que cada um é uma pessoa individual, com as suas raízes, os seus interesses e as suas liberdades que têm de ser respeitadas, mesmo quando isso vai contra o apetite dos grandes construtores da beira-rio.
Nem queremos uma cidade cada vez mais segregada entre um Ocidente rico e um Oriente degradado e empobrecido, como se estivesse dividido a meio por um novo muro de Berlim ou da Faixa de Gaza.
O Dr. Rio, ao copiar o projecto do Eng. Cardoso, copie-o todo, integralmente, e não apenas as partes que lhe interessam.
Não passa de uma velha ideia defendida pelo Eng. Nuno Cardoso no curto período em que foi presidente da Câmara do Porto que nunca teve ocasião de concretizar.
No entanto há diferenças substanciais e significativas entre os dois projectos.
Porque no projecto socialista do Eng. Cardoso, trata-se de demolir as torres para reconstruir habitação no mesmo terreno para todas as pessoas que lá pretendessem e pudessem continuar.
Enquanto no projecto do Dr. Rio não há nenhuma garantia nesse sentido.
Pelo contrário, perfila-se uma negociata com terrenos altamente valiosos e por isso apetecidos, enviando os moradores do Aleixo para outros bairros sociais, até porque Rio nem sequer dá por escrito a garantia de 20 % de realojamentos na Baixa.
Rio de resto parece não compreender a existência no Aleixo de uma segunda e terceira gerações de pessoas ali nascidas que se identificam com a paisagem que torna valiosos os terrenos e que têm a ali a sua afirmação identitária.
É que pessoas não são gado, nem são coisas que possam ser objecto de qualquer engenharia populacional. Pessoas são conjuntos em que cada um é uma pessoa individual, com as suas raízes, os seus interesses e as suas liberdades que têm de ser respeitadas, mesmo quando isso vai contra o apetite dos grandes construtores da beira-rio.
Nem queremos uma cidade cada vez mais segregada entre um Ocidente rico e um Oriente degradado e empobrecido, como se estivesse dividido a meio por um novo muro de Berlim ou da Faixa de Gaza.
O Dr. Rio, ao copiar o projecto do Eng. Cardoso, copie-o todo, integralmente, e não apenas as partes que lhe interessam.
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