É claro que a notícia do JN tem imprecisões, a começar pelo título, e os militantes socialistas percebem quais são. Não há nada a fazer com os media, por vezes é assim. De resto, basta comparar com os outros textos sobre o mesmo assunto. É claro que nunca dissemos que vamos resolver o assunto, pois não temos meios neste momento, mas que, connosco, o PS estará com as pessoas e não com projectos contra as pessoas, asssim como defendemos um modelo alternativo de reconstrução faseada de blocos haboitacionais de média dimensão para substituir as torres. Assim como afirmamos que os deputados da AM queriam votar contra, mas eximiram-se a fazê-lo para não colidirem frontalmente com a vereação PS. Era melhor votar contra, mas compreendemos a posição dos deputados municipais, foi o que dissemos e escrevemos várias vezes.
O nosso partido é o PS, aliás até preferimos designá-lo por Partido Socialista, por extenso, porque isso de "PS" parece uma cripta para designar algo de indeterminado e para nós o Partido Socalista é algo bem determinado, um partido de esquerda, que está com as pessoas e cuja razão de ser é o bem-estar das pessoas, em particular dos mais desvarorecidos numa longa luta pela justiça social e pela liberdade.
De resto o Partido Socialista Porto, à frente de uma coligação das esquerdas, é a única alternativa para o Porto, dominado pela abantesma chamada Rui Rio, que levou a cidade à total estagneção e não passa de um bluff como ainda agora se viu com o circo da bandeira azul. Tal como acontece em muitos outros concelhos onde ter coligação ou não ter é ter a vitória ou ter a derrota.
Defender esta alternativa significa defender o derrube do Rui Rio. Defender, que o PS deve ter preconceitos e não se aliar nem ao PC nem ao BE, significa a vitória da coligação das direitas já que essas não têm este tipo de preconceitos que, no fundo, não são mais do que um complexo de direita, semelhante aos "complexos de esquerda" que manietavam alguns em 1975.
00h37m MARTA NEVES (JN)27.07.08
Apenas 11 moradores, dos cerca de 1300 que moram no Aleixo, no Porto, aceitam sair do bairro. O número foi divulgado, este sábado, durante uma visita do socialista Pedro Baptista, que está contra a demolição das cinco torres, ao contrário do PS.
Pedro Baptista, que nas eleições de Outubro se candidata contra o actual presidente da Federação Distrital socialista do Porto, Renato Sampaio, ouviu o sentimento de consternação e receio dos moradores quanto ao futuro do bairro. "Estou convosco. Política é servir as pessoas e não fazer delas jogatanas", disse Pedro Baptista, prometendo "resolver o caso" se for eleito presidente da Distrital.
Dos relatos contados pelos moradores sobre a última sessão da Assembleia Municipal, na passada quarta-feira - onde a demolição do bairro do Aleixo foi aprovada com a maioria PSD/CDS, a abstenção do PS e o voto contra da CDU - Pedro Baptista lamentou "a situação caótica do PS/Porto", que fez com que vereadores e representantes do partido na Assembleia Municipal tenham votado de forma diferente.
"Só mostra que há uma falta de liderança a nível do distrito. O actual presidente da Federação Distrital do PS-Porto nunca pôs os pés na Assembleia Municipal, o que revela uma falta de respeito por quem o elegeu como líder ", explicou.
O socialista garantiu, ainda, ao JN, que "houve um acordo entre o partido e os autarcas para se absterem na votação".
Por isso mesmo, a revolta dos moradores do Aleixo estende-se, também, à abstenção do Partido Socialista, até porque "também é um acto de votar contra".
Apoiados nas cartas que a Associação de Promoção Social da População do Bairro do Aleixo enviou ao presidente da República, ao primeiro-ministro e à governadora civil do Porto, os moradores prometeram que não vão "desistir da luta".
Rosa Teixeira, líder da associação, rematou em tom de desabafo: "Sinto-me na obrigação de vos defender nem que tenha de morrer como a Catarina Eufémia".
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