10.07.2008, Carlos Cipriano (Público)
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, diz que está "disponível" para mandar reabrir a Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca de Alva, se o Governo tiver a "garantia de que haja um operador turístico disposto a assegurar aquele percurso". Em declarações ao PÚBLICO, a governante disse que já pediu à CCDR do Norte para arranjar parceiros que queiram investir naquele projecto que consiste em usar o caminho-de-ferro como mais um elemento de atracção para a região do Douro. "O que não vou é obrigar a CP a andar com os comboios para trás e para a frente sem que haja procura, aumentando o défice da empresa", disse. Um dos interessados neste projecto era o empresário Mário Ferreira, do grupo Douro Azul, que, contudo, não chegou a avançar.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, diz que está "disponível" para mandar reabrir a Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca de Alva, se o Governo tiver a "garantia de que haja um operador turístico disposto a assegurar aquele percurso". Em declarações ao PÚBLICO, a governante disse que já pediu à CCDR do Norte para arranjar parceiros que queiram investir naquele projecto que consiste em usar o caminho-de-ferro como mais um elemento de atracção para a região do Douro. "O que não vou é obrigar a CP a andar com os comboios para trás e para a frente sem que haja procura, aumentando o défice da empresa", disse. Um dos interessados neste projecto era o empresário Mário Ferreira, do grupo Douro Azul, que, contudo, não chegou a avançar.
A secretária de Estado diz que há agora um outro grupo económico, "de Lisboa, mas com origens naquela região", que estaria disponível para uma parceria. Entretanto, a Refer também já deixou de considerar aquele troço de via-férrea (encerrado em 1988) como uma potencial via verde. Apesar desta linha ainda constar no seu Plano Estratégico de Ecopistas, no site da empresa, os últimos folhetos distribuídos numa apresentação recente em Estremoz já não mencionam aqueles 29 quilómetros de via-férrea à beira do rio Douro como destinado a corredor pedestre.Há um ano e meio o vice-presidente da Refer, Vicente Pereira, ainda defendia que se retirassem os carris e se transformasse a linha numa ecopista, o que motivou os protestos dos autarcas da região.
O próprio chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, defendeu a reabertura da linha não só para fins turísticos, mas também para o transporte de passageiros e bens tendo em conta "um futuro concebido com preocupações ambientais e soluções sustentáveis".
Do lado espanhol há também interesse na exploração turística entre Barca de Alva e La Fregeneda. Segundo a agência EFE, a Compañia General de Ferrocarriles Turísticos (CGFT) está disposta a reabrir e a explorar o troço fronteiriço, classificado em Espanha como Bem de Interesse Cultural. Aqueles 17 quilómetros de via-férrea constituem um conjunto monumental de pontes, viadutos e túneis, construídos nos séc. XIX para que os comboios pudessem vencer o desnível entre o rio Águeda (que ali marca a fronteira entre Portugal e Espanha) e a zona dos Arribes del Duero. A CGFT diz que está disponível para suportar o investimento na recuperação da linha, no valor de 600 mil euros. Um comboio turístico regular criaria pelo menos 50 postos de trabalho directos, entre chefes de comboio, maquinistas, fogueiros (os comboios seriam a vapor), assistentes, revisores e guias turísticos. Esta proposta de uma empresa privada aparece depois do governo espanhol não ter cumprido a promessa de reactivar a linha entre La Fuente de San Esteban (Salamanca) e a fronteira portuguesa, como chegou a estar previsto num plano governamental.
1 comentário:
vamos ver se é desta ... esperemos que sim
Enviar um comentário