domingo, 20 de julho de 2008

Siné despedido, acusado de anti-semitismo,por tocar no filho de Sarkozy!


Vergonha! Ao que chegámos! Já dá para despedir o grande Siné? Para que servirá agora o Charlie Hebdo? E para que serve a acusação de anti-semitismo a todos os que não silenciam o jogo de alguns lóbis? Saudações ao nosso amigo Siné.

(DN) 20.07.08 Mais uma vez, a liberdade de expressão em discussão. E, mais uma vez, na origem do debate e da polémica está a revista satírica francesa de esquerda Charlie Hebdo, acusada agora de anti-semitismo, depois da publicação, por um dos seus cartunistas mais famosos, de uma crónica sobre o filho mais velho de Nicolas Sarkozy.
Siné, autor do texto, acabou despedido."Jean Sarkozy, digno filho do seu pai e já conselheiro-geral do UMP, safou-se com aplausos do seu processo por delito de fuga numa scooter. O Ministério Público pediu mesmo que fosse ilibado. É preciso dizer que o queixoso era árabe. E não é tudo: [Jean] acaba de declarar que pretende converter-se ao judaísmo antes de se casar com a sua noiva, judia, e herdeira dos fundadores da Darty. Irá longe na vida, este pequeno", escreveu o cartunista de 79 anos no início de Julho.
"As palavras sobre Jean Sarkozy e a sua noiva, além de invadirem a vida privada, espalhavam o falso rumor da sua conversão ao judaísmo. Mas, sobretudo, podiam ser interpretadas como fazendo a ligação entre a conversão ao judaísmo e o sucesso social, e isso não é aceitável nem defensável em tribunal", afirmou o director da Charlie Hebdo, Phillippe Val, que acusou Siné de ter "transgredido o limite". Depois de se recusar a assinar um pedido de desculpas preparado pelo director, Siné foi despedido.

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