terça-feira, 8 de julho de 2008

Rio recandidata-se

Além da grande novidade do título, vale a pena ler por várias razões... adivinhem quais!
Distrital do PSD mantém acordo com CDS sem consultar direcção nacional
08.07.2008 - 19h17 Lusa (Público) Em Linha
Rui Rio vai recandidatar-se à Câmara Municipal do Porto, anunciou hoje o líder da distrital do PSD, que garantiu não ter pedido autorização à direcção nacional do partido para negociar com o CDS-PP a renovação das coligações para as autárquicas. Marco António Costa anunciou que o PSD vai “recandidatar todos os presidentes de câmara do partido no distrito”, o que inclui Rui Rio, há dois mandatos à frente da autarquia portuense, mas que ainda não tinha anunciado publicamente se iria voltar a recandidatar-se ao cargo.
Em conferência de imprensa, o responsável revelou também que as distritais do Porto do PSD e do CDS-PP acordaram renovar as coligações eleitorais autárquicas que os dois partidos realizam há já vários mandatos no distrito, antes mesmo de a nova direcção nacional do social-democrata se ter pronunciado sobre a matéria.“Era o que mais haveria de faltar eu esperar por indicações nacionais”, afirmou o dirigente, adiantando que se limitou a comunicar a Manuela Ferreira Leite, numa reunião realizada em Lisboa na última quinta-feira com distritais de todo o país, que iria firmar esta semana o acordo.
O vice-presidente da autarquia de Gaia não revelou os moldes em que comunicou nem que reacção teve Ferreira Leite, alegando que não compete a si, mas ao porta-voz do partido falar dos encontros nacionais. “A distrital há muito que ganhou personalidade estatutária própria e não precisa de andar a reboque e a mando de ninguém”, acrescentou o responsável, quando questionado sobre se foi por acaso que esta reunião com o CDS-PP se realizou ao mesmo tempo que em Lisboa a direcção nacional discutia questões autárquicas. O líder distrital deixou mesmo o aviso: “Que não haja a mínima dúvida do princípio de autonomia e de decisão própria desta distrital dentro do quadro estatutário do partido”.
Também Álvaro Castelo Branco, líder distrital do CDS-PP, disse ter discutido o assunto com Paulo Portas, num encontro realizado na semana passada, e deixou claro que não é “oposição”à liderança do seu partido.
Questionado sobre a hipótese de Elisa Ferreira ser a escolhida pelo PS para se candidatar à câmara do Porto, uma informação que tem sido adiantada pela imprensa, Marco António Costa classificou-a como “a candidata ideal para Rui Rio enfrentar”. “Independentemente do que se possa afirmar globalmente de Rui Rio, o Porto tem hoje as contas em ordem e obras em curso. Elisa Ferreira é sucessora de Nuno Cardoso e Fernando Gomes. É alguém que a nível político esteve muito ligada a esse trabalho ou que pelo menos nunca se dissociou dele”, afirmou.
As duas distritais reúnem-se novamente em Setembro para discutir propostas mais concretas de coligações, esperando daqui até lá ouvir todas as estruturas locais e instituições independentes. Mas estão, desde já, optimistas quanto à renovação de acordos nas câmaras do Porto, Matosinhos, Maia, Penafiel, Gaia e Vila do Conde, referiram os dirigentes dos dois partidos, que acreditam que as coligações possam alargar-se a novos concelhos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Marco António está tão seguro da vitória que veio anunciar a coligação com o CDS. Se está tão forte ainda precisa da muleta?
Rui Rio já emitiu um comunicado a desmentir a candidatura que diz nunca ter anunciado.
Ferreira Leite manda 180 para a Comissão de Jurisdição. O Presidente da Camara da Anadia não deve ter gostado.
Marco António tem necessidade de atacar Elisa Ferreira.
Ferreira Leite mantém-se calada como convém. Outros fazem o trabalho por ela; os comentadores de serviço; O Compromisso Portugal e a SEDES.
Volta Menezes, estás perdoado.
E no PS Porto, Soares Gaspar afirma liderança da Concelhia contra a falta de estratégia da Distrital que espera ordens de Lisboa.

Anónimo disse...

Oxalá que o presidente da concelhia tenha coragem,ou melhor força, para opor o orgão que representa, às previsíveis investidas de lisboa.