Hipótese de a eurodeputada concorrer aos dois cargos no mesmo ano divide opiniões
(JN) 30.07.08 CARLA SOARES
Dentro do PS, ganha força a ideia de que Elisa Ferreira poderá, no próximo ano, recandidatar-se ao Parlamento Europeu e, poucos meses depois, disputar a Câmara do Porto. Nada está fechado mas as opiniões já se dividem.
De um lado, há quem defenda que Elisa pode candidatar-se ao Parlamento Europeu (PE) e, só depois, abdicar do cargo em prol da Câmara. Um cenário que surge, hoje, como bastante provável. Se deve fazê-lo antes ou depois das autárquicas, em função do resultado, não é questão consensual. E, nos bastidores, há quem critique, à partida, que entrar na lista para o PE é fragilizar a candidatura do PS e dar trunfos a Rui Rio.
A menos de um ano de eleições (europeias em Junho e autárquicas em Outubro), o assunto promete, após o regresso de férias de Elisa Ferreira, ser discutido. Também nesta fase embrionária, há quem aponte Fernando Gomes para a Assembleia Municipal.
Sobre uma recandidatura de Elisa Ferreira ao PE, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, disse que as listas são da responsabilidade da direcção nacional. "Se fizeram um bom trabalho têm de continuar. Seja quem for", disse, porém, sugerindo que aceita tal cenário.
Francisco Assis, vereador e eurodeputado que fora criticado pela Concelhia devido à sua ausência, diz que "é a própria pessoa que deve avaliar a situação, ninguém o deve fazer por ela", e que a questão "não é fundamental".
"O candidato à Câmara deve dar todos os sinais de concentração no objectivo de vir a ser presidente", defendeu, por sua vez, Pedro Baptista. Isto "para não dar a ideia de que vem cá fazer uma expedição". Porém, o candidato à Distrital também admite "margem de manobra", como uma solução em que Elisa Ferreira abdicaria do lugar no PE, só após a eleição europeia, num acto de "generosidade política e amor ao Porto".
Raul Brito, apoiante de Baptista, não vê "problema algum" porque a eleição no PE "é primeiro". "Se depois for candidata à Câmara tem de optar. Sair antes ou depois das eleições". E "porque não é candidata a vereadora", não está certo de que tenha de sair do PE se perder contra Rio. A comunista Ilda Figueiredo, exemplificou, "conseguiu conciliar as coisas".
(JN) 30.07.08 CARLA SOARES
Dentro do PS, ganha força a ideia de que Elisa Ferreira poderá, no próximo ano, recandidatar-se ao Parlamento Europeu e, poucos meses depois, disputar a Câmara do Porto. Nada está fechado mas as opiniões já se dividem.
De um lado, há quem defenda que Elisa pode candidatar-se ao Parlamento Europeu (PE) e, só depois, abdicar do cargo em prol da Câmara. Um cenário que surge, hoje, como bastante provável. Se deve fazê-lo antes ou depois das autárquicas, em função do resultado, não é questão consensual. E, nos bastidores, há quem critique, à partida, que entrar na lista para o PE é fragilizar a candidatura do PS e dar trunfos a Rui Rio.
A menos de um ano de eleições (europeias em Junho e autárquicas em Outubro), o assunto promete, após o regresso de férias de Elisa Ferreira, ser discutido. Também nesta fase embrionária, há quem aponte Fernando Gomes para a Assembleia Municipal.
Sobre uma recandidatura de Elisa Ferreira ao PE, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, disse que as listas são da responsabilidade da direcção nacional. "Se fizeram um bom trabalho têm de continuar. Seja quem for", disse, porém, sugerindo que aceita tal cenário.
Francisco Assis, vereador e eurodeputado que fora criticado pela Concelhia devido à sua ausência, diz que "é a própria pessoa que deve avaliar a situação, ninguém o deve fazer por ela", e que a questão "não é fundamental".
"O candidato à Câmara deve dar todos os sinais de concentração no objectivo de vir a ser presidente", defendeu, por sua vez, Pedro Baptista. Isto "para não dar a ideia de que vem cá fazer uma expedição". Porém, o candidato à Distrital também admite "margem de manobra", como uma solução em que Elisa Ferreira abdicaria do lugar no PE, só após a eleição europeia, num acto de "generosidade política e amor ao Porto".
Raul Brito, apoiante de Baptista, não vê "problema algum" porque a eleição no PE "é primeiro". "Se depois for candidata à Câmara tem de optar. Sair antes ou depois das eleições". E "porque não é candidata a vereadora", não está certo de que tenha de sair do PE se perder contra Rio. A comunista Ilda Figueiredo, exemplificou, "conseguiu conciliar as coisas".
A Joaquim Couto, parece, "sob o ponto de vista do percurso político" de Elisa Ferreira, "normal que concorra e permaneça no PE e, a seguir, concorra à Câmara e, em função do resultado de uma e outra eleição, encontre, com o partido, a melhor solução". Além disso, diz ser "benéfico para o Porto o cenário de ser vereadora e parlamentar europeia". O JN tentou ouvir, também, Elisa Ferreira, mas sem sucesso.
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