quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bairro do Aleixo vai ser demolido até 2013, dando lugar a privados

As pessoas do Aleixo, em particular as gerações mais noveis, têm já uma personalidade identitária relativa ao lugar degradado socialmente, mas soberbo paisagísticamente, em que nasceram e onde cresceram.
A ideia de demolição parece bem pelos aspectos de engenharia e de acessibilidades que as torres comportam, mas com reconstrução da habitação no mesmo lugar, ou seja onde as pessoas vivem e nos locais com que se identificam, ou seja com a opção de construção em banda que, legalmente, ocupa exactamente o mesmo espaço, embora não dê margem de manobra para a negociata que Rio se prepara para alinhavar com uma qualquer parceria privada que, está-se mesmo a ver, ainda não tem.
Ademais, sendo que as torres do Aleixo têm seu no interior excelente qualidade e dimensões, não se vê como se possa vislumbrar a subida das rendas, uma vez que, neste aspecto, as novas habitações não serão melhores do que as antigas.
Admite-se que em casos que moradores pretendam ir para o Centro Histórico ou Baixa, por exemplo, isso possa acontecer, mas não empurrados, de Ceca em Meca, como têm sido durante décadas.
E a marginalização dos traficantes de droga em relação à habitação social estando bem, é preciso haver demonstração judicial de tal situação, não sendo a Câmara que se pode arrogar, como procurou fazer em S. João de Deus, em juiz, porque não tem qualquer competência para isso e mal estávamos se tivesse.
Politicamente, Rio engole mais uma do rol de falsidades com que se fez eleger. Reconhece como bom o plano Nuno Cardoso que era feito nas condições que aqui defendemos.
Como engoliu o Edifício Transparente. Seis anos de demagogia contra o edifício para esconder a sua incapacidade para o pôr a funcionar depois de pronto, o que só conseguiu, e mal, muito mal, ao fim de sete anos, transformando agora os domingos numa zona de Feira da Ladra ou Mercado das Pulgas, tão ao gosto das opções culturais do nosso Presidente.
E prepara-se para fazer a cidade pagar fortunas colossais em indemnizações pelas opções estafúrdicas em relação ao parque da cidade, só para sacar uns votinhos de uns tantos fundamentalistas sem qualquer razão, que acham horrível habitação na ponta noroeste do Parque, que, em parte, não é da Câmara, mas não dizem nada das pistas de aviões...P.B.
17.07.2008, Jorge Marmelo (Público)
Se tudo correr conforme as previsões da Câmara do Porto, as cinco torres de habitação que compõem o Bairro do Aleixo deverão desaparecer da paisagem da foz do Douro até 2013. O presidente da autarquia, Rui Rio, sabe que o assunto é polémico, mas garante que o plano é mesmo para avançar ("independentemente dos reflexos que isso terá na simpatia pelo meu partido"), a menos que não existam empresas interessadas em ser parceiras do negócio que a edilidade montou para erradicar aquele que Rio considera ser, hoje, o "mais grave" caso social da cidade.
A solução gizada pela câmara, e ontem apresentada, passa pela criação de um fundo especial de investimento imobiliário, o qual assegurará o realojamento das famílias que habitam no Aleixo e, posteriormente, a demolição das torres e a construção de um novo empreendimento no seu lugar. O realojamento far-se-á em pequenos núcleos espalhados pela cidade, incluindo a Baixa e o centro histórico, em habitações novas, reabilitadas ou adquiridas para o efeito, mas também nos actuais bairros camarários, conforme os moradores entenderem mais conveniente.
Rui Rio garantiu ontem que, das 305 famílias que actualmente vivem no bairro, só serão realojadas aquelas que têm direito a habitação social, estimando-se que venham a ser deixadas de fora do processo aquelas que, por exemplo, estejam ligadas ao tráfico de droga. "Se forem todas realojadas, será sinal de que algo está mal e que não foi possível provar que há pessoas no bairro ligadas ao tráfico", disse Rui Rio.
O autarca também não garantiu que os actuais inquilinos ficarão a pagar nas futuras casas uma renda semelhante àquela que pagam actualmente, uma vez que as regras de habitação social da autarquia estabelecem vários escalões que combinam o rendimento familiar com a tipologia das casas e o seu estado de conservação. "Em casas melhores, pagam-se rendas mais elevadas e isto as pessoas entendem bem", comentou Rui Rio.O único cenário que parece estar fora de cogitação é a possibilidade de os moradores do Aleixo poderem optar por uma habitação que venha a ser construída nos terrenos do actual bairro. "Não está escrito em lado nenhum que não vai ser feita ali habitação social, mas, pela lógica das coisas, não é isso o que sucederá", disse Rui Rio, antecipando, de certo modo, uma função residencial de luxo para os terrenos do Aleixo.
Questionado sobre os motivos que o levaram a adoptar agora a solução que criticou em 2001, durante a sua primeira campanha eleitoral, Rui Rio atribuiu a mudança a um maior conhecimento do problema. "Não me recordo de ter dito taxativamente que não demoliria o bairro, mas admito ter transmitido essa ideia. Mas nessa altura o maior problema era o Bairro de S. João de Deus e tenho hoje um maior conhecimento da situação", justificou o autarca. Basta, porém, consultar o site da autarquia na internet para encontrar a notícia de uma visita que Rio efectuou ao Aleixo em Fevereiro de 2002, já como presidente da câmara, durante a qual "afirmou categoricamente a intenção de recuperar o bairro, colocando de lado a hipótese - aventada pelo anterior executivo municipal [liderado pelo socialista Nuno Cardoso] - de demolir as torres do Aleixo". "Não farei aqui nada contra a vontade da população do bairro. Se a vontade da população é manter as torres, vamos tratar das torres", declarou.
Passados seis anos, Rui Rio diz estar consciente de que vai ter problemas. "Reabilitar as torres seria um erro, pois teria um custo enorme e, daqui a alguns anos, estaria tudo na mesma", afirmou ainda Rui Rio. "Com esta solução, resolve-se em definitivo esta chaga social e isso terá reflexos inequívocos na segurança urbana da cidade", garantiu o autarca. Rui Rio afastara, no passado, qualquer cenário de demolição das torres e afirmara que nada faria contra a vontade dos moradores.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para mim só não quer que aquele monte de entulho vá abaixo, são mesmo quem vive á custa do mesmo. Pois o Aleixo é um mercado de droga que esta a enriquecer muita gente, é normal que certos partidos votem contra porque são comprados com votos. E vergonhoso ter um bairro daqueles em que a camara do Porto vai la fazer a manutenção de um elevador e no dia a seguir já esta avariado, é vergonhoso colocarem um vidro e na mesma hora o partirem para poderem ver se vem a policia, pois o bairro esta cheio de vigias lol Como eu disse anteriormente so é contra quem vive á cuata do mesmo ou quem esta a enriquecer com o bairro vendendo a tal maldita droga ou também quem esteja e goste de viver na merda porque não se ve mais nada naquele bairro a não ser sacos de lixo espalhados por todos o lado, latoes do lixo queimados, vidros partidos, seringas pelo chao que até tiveram que fechar a escola primaria porque os tocxicodependentes iam para a escola mesmo em funcionamento se injectarem. É uma vergonha um pai criar um filho no meio daquela mizeria, só mesmo o pai que nao tem amor ao seu filho é que se sujeita a isso. Minha gente metende a mao á consciencia e vende o que de mal tem o aleixo, o quanto vai ser bom que ele desapareça do mapa. Mas também não é so ver a demolição mas sim verificar as pessoas que lá vivem com bons mercedes como o comentario anterior o diz, moradores em casas economicas camararias que vivem de rendimento minimo mas teem bons carros, banheiras de jacuzy, portas blindadas, teem coisas melhores que certas pessoas que vivem em predios melhores pois o rendimento nao da para tudo e como ganham para esses luxoa, VENDENDO DROGAAAAAAAAAAAAAA